Sistema de saúde de Mayotte ficou muito degradado com passagem do ciclone Chido
A situação do sistema de saúde no arquipélago francês de Mayotte, devastado por um ciclone, está "muito degradada com um hospital muito destruído e centros médicos igualmente inoperantes", disse hoje a ministra da Saúde da França.
"O hospital sofreu danos significativos de água e também degradação, nomeadamente nas áreas de cirurgia, reanimação, urgência, maternidade, partes essenciais do funcionamento do hospital", descreveu Geneviève Darrieussecq.
Em declarações ao canal França 2, a ministra da Saúde e Solidariedade francesa mostrou-se preocupada com a situação, mas garantiu que o equipamento continua a funcionar.
"Apesar de tudo [o hospital] continua a funcionar ainda que de forma precária", disse a governante que também descreveu a existência de "centros médicos igualmente inoperantes".
França prepara-se para lidar com as consequências de uma das suas maiores catástrofes humanitárias deste século, após a passagem, no sábado, do ciclone tropical Chido nas ilhas de Mayotte, arquipélago no Oceano Índico entre Madagascar e a costa de Moçambique, onde, segundo estimativas da delegação governamental do departamento, se teme que haja "várias centenas de mortos".
Numa entrevista ao canal público de televisão local Mayotte la 1er, o delegado do Governo francês no departamento de Mayotte, François-Xavier Bieuville, declarou que será "muito difícil" fazer um balanço final e que, na pior das hipóteses, o número de mortos será "próximo de um milhar ou mesmo de vários milhares".
No caso de se confirmarem estes números, o ciclone Chido em Mayotte ficará para a história como uma das piores catástrofes do século XXI em território francês.