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Madeira

JPP acusa membros do Governo de "lançar chantagem sobre a população"

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“Andam todos os membros do Governo, nomeadamente os que estão indiciados em casos de corrupção, a lançar chantagem sobre a população, com o objectivo de causar o medo e o pânico”, contestou este domingo, no Paul do Mar, o secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa.

Durante uma acção de contacto com as populações no concelho da Calheta, o dirigente partidário e líder parlamentar foi esclarecendo os populares sobre a forte possibilidade de realização de eleições antecipadas, revelando preocupação em tranquilizar as pessoas, mas fê-lo sem nunca desviar o foco da situação política em que a Madeira se encontra, desde o princípio do ano, e fazendo questão de indicar os responsáveis pela instabilidade, o Governo Regional, Miguel Albuquerque e o PSD.

Um dia destes ouvimos Pedro Ramos, arguido, que depois das eleições de maio chamou os madeirenses de ‘anormais, incompetentes e canalhas’, suspeito de ter favorecido com dinheiro dos madeirenses a empresa do seu compadre em quase 1 milhão de euros, a dizer que os partidos como o JPP seriam julgados nas próximas eleições".  Élvio Sousa

E acrescentou: “Na verdade, este governo pensa que os madeirenses ainda acreditam nas suas palavras, o que não creio. Quem vai ser julgado em breve será Albuquerque e Pedro Ramos por terem mentido aos madeirenses e por terem abandonado a Madeira durante os incêndios de Agosto deste ano, e terem pedido ajuda tardiamente. O povo não esquece quem os abandonou, sobretudo numa altura difícil". 

Aliás, acrescentou, "quem nunca abandonou as populações, e estiveram permanentemente rodeados pelo fogo, foram os bombeiros, mesmo estando de férias ou em dia de descanso". Homens e mulheres que, no seu entender, "estão a servir de chantagem por Pedro Ramos e Albuquerque". 

Élvio Sousa criticou as declarações recentes do secretário regional da Saúde e Protecção Civil por ter afirmado que, com orçamento por duodécimos, estaria em risco a actualização dos salários dos bombeiros e o novo modelo de financiamento às Associações Humanitárias de Bombeiros.

“Os salários dos bombeiros das associações humanitárias serão integralmente cumpridos, pois o novo modelo de financiamento às Associações Humanitárias de Bombeiros já está em vigor, tendo sido assinado no passado dia 10 de Dezembro os aditamentos aos contratos programa com estas Associações, implicando o pagamento dos novos valores salariais com retroativos", disse. 

De acordo com o líder do JPP, “para o ano de 2025, pela lei do enquadramento orçamental, estão reservados 5,8 milhões de financiamento às Associações Humanitárias de Bombeiros". Situação que, na sua óptica, "não vai prejudicar em nada o pagamento dos soldados da paz, pois a gestão em duodécimos será feita apenas numa fase inicial".