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O menino dono da bola e o chumbo do orçamento de 2025

Lembram-se do menino dono da bola? Aquele que, para jogar, levava sempre a bola para a escola? O tal que, quando descobria que o iam colocar a guarda-redes ou que a sua equipa estava a perder por muitos, agarrava na bola e, dizendo, é minha, deixava os companheiros da brincadeira sem a poderem continuar?

Acreditem que esta lembrança me veio à memória, logo que soube do chumbo do orçamento.

Neste particular, porque apesar de o “jogo” se revelar muito positivo para as famílias e as empresas e poder ser, sempre, posteriormente, até alvo de um orçamento retificativo (caso a moção de censura passasse e havendo novas eleições, tivéssemos um outro partido líder da Região que assim não o entendesse) os “meninos donos desta bola” resolveram que não havia mais “jogo”.

Mesmo sabendo que não é o PSD Madeira, nem Miguel Albuquerque que perdem. Mas sim e pelo que o orçamento pressupunha, até com medidas propostas pelos que ora votaram contra, os funcionários públicos; os professores; os alunos; os bombeiros; os pensionistas; o valor dos produtos cujo IVA ia baixar; a celeridade nos investimentos em infraestruturas e em equipamentos que são necessários e até já estão em andamento, e inclusive, imagine-se, a nova lei eleitoral, apesar do pouco que se tinha avançado (e, por isso, ao tema voltaremos).

Mas não! Os meninos donos da bola, só porque sim, quais crianças de jardim infantil e confirmando que o povo Madeirense, as suas famílias e as suas empresas, não é questão que os apoquente, resolveram chumbar o orçamento de 2025. Mesmo sabendo que, se o seu objetivo era convocar novas eleições, o podiam fazer, para a semana, votando a favor da moção de censura e, posteriormente, repito, se ganhassem as eleições, retificar o orçamento.

Demonstrando, afinal, que se estão nas tintas para os interesses do povo Madeirense, tendo, só por rebendita pessoal, decidido que o importante não era o povo com que enchem a boca, mas humilhar o PSD Madeira e os seus representantes, no governo e na assembleia.

Pois bem! Assim seja! Que venham de lá e quanto mais cedo melhor, essas eleições. Eu, tal como sei que a totalidade dos militantes e simpatizantes do PSD Madeira (a que outros, estou mais do que certo, se juntarão), diremos presente e lá estaremos, participando ativamente nesse combate. Cada um, sem se deixar levar pelo seu ego, na posição que a liderança do partido entender, pois todos sabemos, como o hino da Madeira nos ensina, que só honraremos a sua história e alcançaremos o seu bem-estar e glória, se por ela lutarmos. De modo a defendermos o que sempre fizemos, desde a implantação da Autonomia – valor primacial que nos orienta a todos – que é colocar o povo Madeirense, os seus interesses e expectativas, sempre em primeiro lugar.

Post scriptum – A propósito de Autonomia e de meninos donos da bola, há um, em Lisboa, julgando (ou desejando) estar em pleno regime colonial fascista, que veio defender que Montenegro devia proibir Albuquerque de se candidatar, acreditando, por certo, que tudo se passa como no seu partido, em que só há ventríloquos do que ele diz e em que a autonomia é património exclusivo do “grande chefe”.