Importa garantir celeridade ao transporte público para ser definitivamente competitivo
Marco Cabral chamou a atenção para carreiras apinhadas de passageiros que acabam por demorar demasiado tempo
O principal entrave para tornar o transporte público bastante apelativo é a celeridade. A opinião é de Marco Cabral, o primeiro interveniente do público na conferência ‘Pensar o Futuro’, que debate a Mobilidade na Sala da Assembleia Municipal do Funchal.
Na qualidade de munícipe, Marco Cabral assumiu ser contrário à criação de faixas BUS, mas apontou como principal factor para garantir que o transporte público se afirme definitivamente competitivo, a necessidade de garantir “ganho de celeridade”.
Morador na parte Poente da cidade deu o exemplo das carreiras apinhadas de passageiros que acabam por ser demasiado morosas nas paragens para entrada e saída de passageiros.
“Não é apelativo viajar em autocarro apinhado de gente para demorar (muito) mais tempo a fazer o trajecto que se faz em viatura particular”, apontou. Realidade agravada nas carreiras que servem a zona hoteleira – entre o Lido e o Fórum Madeira – face à “pressão tremenda de turistas” que é diariamente recorrente.
Na opinião deste munícipe, o problema do trânsito na cidade não ocorre todo o dia, mas antes nas ‘horas de ponta’. “O Funchal tem picos com problemas de tráfego”.
Apontou ainda o bom exemplo surgido durante a pandemia que é a prática do “desfasamento de horários”, como factor determinante para contribuir para aliviar a pressão do trânsito ao início da manhã e ao final da tarde.
Defendeu a prática de horários desfasados no sector público “pelo peso que tem na empregabilidade na RAM” em vez de se continuar “a pensar que temos que entrar e sair todos às mesmas horas”.