Proveitos no alojamento acima dos 70 milhões de euros pela primeira vez
O mercado nacional cresceu 18,1% em termos homólogos nas dormidas, aproximando-se da quota de mercado do Reino Unido
O alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira "registou a entrada de 204,0 mil hóspedes no mês de Outubro de 2024, com as dormidas a ultrapassarem as 1.054,1 mil (mais de um milhão), traduzindo variações homólogas positivas de 5,3% e de 7,2%, respectivamente", resultando, em consequência, de proveitos totais superiores a 70,2 milhões de euros, um novo máximo para este mês, superando em 16,0% o anterior recorde que tinha sido estabelecido em Outubro de 2023 (quase 60,5 milhões de euros).
De acordo com a informação disponibilizada mensalmente pela DREM e hoje actualizada, "o segmento da hotelaria concentrou 70,1% das dormidas (738,7 mil), observando um aumento de 1,2% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (27,6% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) aumentaram 25,6% e 9,8%, pela mesma ordem".
Ainda que tenha de excluir o alojamento local com menos de 10 camas da contagem, para assim comparar com os números para o país pelo INE, "as dormidas do alojamento turístico alojamento turístico registaram um acréscimo homólogo de 2,8%, variação superior à verificada a nível nacional (+2,5%)", salienta na loja da comparabilidade.
Quanto à taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico, "foi de 69,6%, valor superior (+2,1 p.p.) ao observado no mês homólogo. Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 79,5% (78,3% em Outubro de 2023)", com a estada média a registar "um aumento face ao mesmo mês do ano anterior (4,53 noites), fixando-se em 4,63 noites. Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria e no alojamento local, com uma média de 4,67 noites, seguidos pelo turismo no espaço rural (3,52 noites)". Estes números justificam o aumento dos proveitos, mas não só.
Mas vamos primeiro ao acumulado, com os valores dos hóspedes entrados, para o período de Janeiro a Outubro de 2024 a atingirem 1912,8 mil (mais de 1,9 milhões), superando em 5,7% o mesmo período de 2023, e "evidenciam igualmente um crescimento, o mesmo sucedendo com as dormidas, que se aproximaram dos 10,1 milhões (+6,3% que no mesmo período de 2023)", como já havia sido noticiado no final de Novembro.
"De realçar que os 10 principais mercados emissores representaram 80,8% do total das dormidas registadas em Outubro de 2024. Destacou-se, com um peso superior e uma variação positiva, a Alemanha (22,1% do total; +9,0% face a Outubro de 2023), enquanto o Reino Unido (17,9%) registou uma quebra de 7,6%, em comparação com Outubro de 2023. O mercado português surge em terceiro lugar (16,5% do total), com um crescimento homólogo de 18,1%. Na quarta posição, considerando o peso no total de dormidas, encontra-se o mercado francês (7,3% do total; +17,1% face a outubro de 2023), seguido pela Polónia (5,6%; +25,0%) e pelos Países Baixos (3,4%; +22,5%)", frisa, com forte destaque para estes dois últimos mercados em franca expansão.
"Em termos acumulados (de Janeiro a Outubro de 2024), "os dois principais mercados emissores registaram variações homólogas nas dormidas com direções opostas", uma vez que "o mercado alemão foi o que apresentou o aumento mais expressivo, de +5,4%, enquanto o mercado britânico registou uma ligeira quebra de 0,6%. Já o mercado de residentes em Portugal, terceiro principal mercado, observou uma variação negativa de 0,8% no mesmo período".
Por fim, vamos aos proveitos, cujos totais e os de aposento, em Outubro de 2024, "apresentaram crescimentos homólogos de 16,0% e de 17,7%, respectivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 70,2 milhões de euros e nos 48,8 milhões de euros. No País, no mês em referência, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+9,9%), como nos de aposento (+10,7%). Em termos acumulados, as variações, na Região, foram de 14,0% e 14,7%, respetivamente", assegura a DREM.
Então, eis a explicação fundamental para estes números: "No mês de Outubro de 2024, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) rondou os 87,23 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +15,6% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 96,33€, em Outubro de 2023, para 109,70€, em Outubro de 2024 (+13,9% de variação homóloga)", número esses nunca antes vistos, colocando a Madeira como aquele que cobra mais caro neste mês, atrás de Lisboa e Norte, mas sendo líder nas subidas homólogas.
Por fim, "de Janeiro a Outubro de 2024, registou-se um RevPAR de 85,60 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), o que representa um aumento de 12,0% em relação ao período homólogo. No setor da hotelaria, o RevPAR foi de 92,21 euros (+13,4%). Quanto ao ADR, os valores foram mais elevados, totalizando 110,14 euros no conjunto do alojamento turístico (+12,5% face ao período homólogo) e 114,27 euros na hotelaria (+13,4%)", conclui.