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Madeira

PS não quer “casamentos nem noivados”, mas sim entendimentos que beneficiem os madeirenses

Paulo Cafôfo diz que “parece que há quem prefira manter tudo igual, com o PSD à frente dos destinos da Madeira”

Foto Hélder Santos/ASPRESS
Foto Hélder Santos/ASPRESS

Na conferência de imprensa realizada na sede do PS-Madeira, Paulo Cafôfo, abordou as recentes “negas” dos restantes partidos da oposição, que manifestaram não ter interesse na coligação alargada como solução para crise política da Madeira.

O líder socialista reiterou o convite para uma reunião sem “agendas nem oposições”, onde todos os partidos de oposição podiam “sentar-se à mesa em pé de igualdade para dizer o que queriam” e assim construir soluções conjuntas. “O PS quer ser parte da solução. Não impusemos nenhum formato de entendimento, nem coligações, nem geringonças, nem acordos parlamentares, nem, muito menos, casamentos ou noivados. Isso não era o mais importante neste momento e seria sempre aquilo que os partidos quisessem", declarou, vincando que o mais importante seria arranjar um entendimento que fosse benéfico para os madeirenses. "Mas não vale a pena criar novelas. No PS não há drama nenhum”, frisou.

"Foi feito um convite formal, por escrito, por e-mail, ou eu próprio tive o cuidado de contactar cada um dos líderes desses respectivos partidos", explicou.

Realçando que "não vale a pena criar novelas e que não drama nenhum", Paulo Cafôfo lamentou a falta de adesão dos partidos ao convite, sublinhando que “parece que há quem prefira manter tudo igual, com o PSD à frente dos destinos da Madeira e Miguel Albuquerque perpetuando a instabilidade”.

Ainda assim, garantiu que o PS não está fechado a novas tentativas de diálogo e que continuará a respeitar as decisões de outros partidos. Porém, na possibilidade de algum dos outros partidos vir a fazer um outro convite ao PS, o líder socialista disse que isso seria "uma incoerência".

Visto que “não é possível termos uma solução governativa, o líder socialista adiantou que a "única forma de sairmos deste impasse é irmos a eleições” e, para isso, garante que o partido vai apresentar-se com um projecto “sério, credível e com pessoas com capacidade e competência”.

"Era preferível irmos juntos, mas não é por isso que nos vamos demitir de ser oposição e de ser Governo da Madeira”, reforçou, acrescentando que os socialistas “vão ao combate” pelo interesse da população.

“Não temo a Democracia, nem temo o Povo. O PS vai sem medo às eleições”, sublinhou.

Da renovação prometida passou-se para a desilusão efectiva. Neste momento, Miguel Albuquerque não pensa na Madeira, não pensa no PSD, só pensa em si e está numa fuga desenfreada para a frente Paulo Cafôfo, líder do PS-Madeira