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Libertados 14 presos políticos na Venezuela

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Pelo menos 14 presos políticos, entre eles oito adolescentes, que tinham sido detidos após as eleições presidenciais de 28 de julho, foram libertados pelas autoridades venezuelanas, avançou hoje uma organização não-governamental (ONG) local.

"Verificámos 14 libertações de presos políticos, pós-eleitorais, entre os quais oito adolescentes", anunciou Alfredo Romero, presidente da ONG Foro Penal, na rede social X.

De acordo com a organização, as libertações ocorreram a partir de terça-feira à noite.

Também a ONG Comité pela Liberdade dos Presos Políticos (CPLPP) confirmou as libertações com base em informações recolhidas junto de familiares.

"Todos são pessoas inocentes que nunca deveriam ter sido presas. Abraçamos os seus familiares que jamais perderam a esperança nem deixaram de reclamar para conseguir que fossem libertados", afirmou o CPLPP também através da rede social X.

Segundo a CPLPP, as libertações ocorreram nos estados de Anzoátegui (leste de Caracas), Lara (oeste) e Miranda (sul da capital).

De acordo com a organização Foro Penal, a Venezuela tinha, até terça-feira, 1.913 pessoas presas por motivos políticos.

Em novembro último, o Ministério Público da Venezuela anunciou que iria rever os casos de 225 das 2.400 pessoas que foram detidas na sequência dos protestos contra os resultados das eleições presidenciais de 28 julho, nas quais o Presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor e reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos.

Em 12 de novembro, Maduro pediu às autoridades locais para reverem os processos judiciais de adolescentes detidos nos protestos pós-eleições presidenciais, admitindo a possibilidade de ter ocorrido algum tipo de erro procedimental.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.

A oposição afirma que o seu candidato presidencial, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos no escrutínio. Em novembro passado, os Estados Unidos reconheceram Edmundo González Urrutia como Presidente eleito da Venezuela.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.