JPP "não carrega partidos às costas"
Élvio Sousa garante que “o JPP não carregará nenhum partido às costas” sobretudo pelo facto de o líder parlamentar do Juntos Pelo Povo considerar que o seu partido “está a fazer um bom trabalho” de oposição ao Governo de Miguel Albuquerque e que antevê colher frutos desta acção tendo já “um programa alternativo e responsável” para apresentar aos madeirenses.
Esta é uma resposta clara de rejeição a qualquer possibilidade de acordo pré-eleitoral com PS de Paulo Cafôfo que pretendia juntar PS, JPP, IL, PAN e o BE numa coligação às eleições regionais.
Tal como os restantes dirigentes, o gaulês também fecha a porta a eventuais entendimentos anunciando ter para breve “uma reunião para juntar importantes figuras da sociedade civil que vão ter um contributo decisivo no programa e nas áreas fundamentais no desenvolvimento económico e social da Região”.
“Com isto dizemos que não estamos interessados e a proposta [do Partido Socialista] é extemporânea”, classificou numa nota que refuta qualquer possibilidade de se juntar aos socialistas ao contrário do que inicialmente sucedeu em Maio.
Nessa altura os dois partidos juntaram-se para promover uma "solução de Governo estável e responsável" e pretendiam estender esse diálogo com outros partidos, excepto o PSD - vencedor das eleições na Madeira sem maioria absoluta - e o Chega.
O PS elegeu 11 deputados e o JPP conseguiu nove assentos na Assembleia Legislativa. Neste cenário, os dois partidos avançariam com um entendimento para tentar formar governo e afastar o PSD do poder, ao fim de 48 anos, mas não chegou a se concretizar.