Kiev reivindica ataque contra terminal petrolífero russo
O exército ucraniano reivindicou hoje um ataque contra um terminal petrolífero na região fronteiriça russa de Bryansk que provocou "um incêndio de grandes proporções".
As autoridades russas admitiram um ataque de um 'drone' ucraniano em Bryansk e outro ataque com mísseis em Taganrog, uma cidade da região de Rostov, que também faz fronteira com a Ucrânia.
"As forças de defesa atingiram uma instalação petrolífera pertencente aos ocupantes russos" na região de Bryansk, afirmou o Estado-Maior do exército ucraniano num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ataque causou "um incêndio de grandes proporções", referiu.
Segundo Kiev, o terminal tem sido "ativamente utilizado para abastecer o exército de ocupação russo" na guerra contra a Ucrânia iniciada há quase três anos.
O terminal de Bryansk faz parte do oleoduto de Druzhba, uma rota estratégica para o transporte de petróleo russo para vários países europeus.
Sem mencionar o terminal, o governador russo da região, Alexander Bogomaz, relatou um "incêndio numa instalação industrial" na cidade de Bryansk, na sequência de um "ataque de 'drones'".
Bogomaz disse nas redes sociais que o incêndio tinha sido extinto.
A defesa aérea russa abateu dez 'drones' sobre a região de Bryansk, segundo as autoridades locais.
Os canais russos na rede Telegram publicaram vídeos que alegam ser de um grande incêndio que deflagrou nas instalações petrolíferas após um ataque de 'drones'.
O governador da região de Rostov, Yuri Sliusar, disse que a cidade de Taganrog foi alvo de um ataque de mísseis na terça-feira à noite.
"Uma unidade industrial foi danificada e 14 carros arderam num parque de estacionamento. Ninguém ficou ferido", acrescentou.
O presidente da câmara da cidade informou que o aquecimento foi cortado em cerca de trinta edifícios residenciais.
De acordo com alguns meios de comunicação social russos, o ataque terá visado uma fábrica de aviões em Taganrog.
A Ucrânia não comentou o ataque à cidade de Taganrog.
Em resposta aos bombardeamentos contra as suas infraestruturas e cidades, a Ucrânia intensificou os ataques às instalações energéticas russas para perturbar a logística do exército de Moscovo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.
A guerra russa contra a Ucrânia começou em fevereiro de 2022, com uma invasão destinada a "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, como justificou, na altura, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.