Chega fala em "desnorte" de "noiva desesperada"
Partido de Miguel Castro critica intenção de coligação à esquerda anunciada pelo PS-Madeira esta noite
O Chega-Madeira não perdeu tempo em reagir ao anúncio feito esta noite pelo PS-Madeira que assenta na intenção de falar com outros quatro partidos - JPP, IL, PAN e BE - para uma coligação governativa como solução para a crise política que a Madeira atravessa.
O partido de Miguel Castro, num comunicado enviado às redacções, fala mesmo em "estratégia desesperada" que entende ser "o reflexo mais claro do desnorte e do vazio estratégico que o PS atravessa". Por essa razão, diz o Chega, que se trata de "um partido que demonstra estar disposto a tudo para conquistar o poder, mesmo que para isso tenha de se aliar a forças políticas com ideologias contraditórias e irreconciliáveis", classificados mesmo como "esquerda radical".
O PS não tem norte, não tem rumo e, acima de tudo, não tem um projecto sério para a Madeira. Perante a incapacidade de apresentar soluções concretas para os problemas da nossa Região, o PS transforma-se numa 'noiva desesperada', implorando por casamentos políticos com quem quer que esteja disponível. A obsessão do PS não é governar para o bem dos madeirenses, mas sim distribuir cargos e tachos aos amigos do partido, perpetuando as práticas de favoritismo e compadrio que tanto criticam nos outros. Chega-Madeira, em comunicado
O partido não deixa de atribuir responsabilidades ao PS "pelo estado lamentável a que a Madeira chegou", remetendo para o texto que deu forma à Moção de Censura que será votada na próxima segunda-feira. "Ambos os partidos têm contribuído para a corrupção e a degradação das instituições na nossa terra", podemos ler no comunicado, onde acrescentam que "é crucial que os madeirenses não substituam os corruptos do PSD pelos tachistas do PS".
Por todos esse motivos, o Chega apela aos madeirenses para rejeitarem "os projectos de poder disfarçados de alianças estratégicas", salientando que "a Madeira merece muito mais do que o desnorte de uns e os esquemas de outros".