Estudo revela dinâmica social no Funchal e orienta estratégias municipais futuras
A presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Cristina Pedra, esteve esta terça-feira na Escola da APEL para a apresentação do Estudo de Caracterização de Jovens e Famílias do Concelho do Funchal. Desenvolvido em parceria com a Associação UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta, o estudo recebeu um financiamento de 15 mil euros, no âmbito do programa municipal de Apoio ao Associativismo.
Cristina Pedra destacou a importância deste diagnóstico social, frisando que “o estudo abrangeu uma diversidade de variáveis, como igualdade de género, preconceitos, diferentes tipos de violência, consumos de substâncias psicoativas, dinâmicas familiares, saúde, entre outras, o que permitiu ‘um olhar mais preciso sobre a dinâmica social do concelho e a identificação das áreas que precisarão de maior atenção por parte do município’”.
Segundo a autarca, este levantamento será fundamental para orientar as “políticas e estratégias futuras do executivo municipal”.
Cristina Pedra enfatizou o compromisso do actual executivo em ampliar os apoios sociais, com um investimento previsto de 8 milhões de euros para 2025, totalizando 25 milhões durante o mandato, o que representa um aumento de 233% em relação a 2021. Na área da educação, o apoio financeiro também será reforçado, com 3 milhões de euros previstos para o próximo ano, somando 12 milhões ao longo do mandato – um crescimento de 60% face a 2021.
Durante o mandato, a CMF tem promovido iniciativas para incentivar estilos de vida saudáveis e seguros, como acções de sensibilização junto a escolas, jovens, famílias e idosos. Estas medidas incluem a capacitação de grupos vulneráveis, visando “uma verdadeira inclusão social”. Foi também destacado o novo Plano Municipal para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, que estará em consulta pública este mês. O plano apresenta cinco eixos de intervenção, 14 objectivos operacionais e 63 medidas.
O estudo revelou ainda que o Funchal é amplamente olhado como uma cidade segura, com 92% dos jovens e 83% dos adultos a afirmar que se sentem seguros. Cristina Pedra reforçou esta visão ao referir que “o Funchal é uma cidade segura”, citando os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que indicam uma redução na criminalidade violenta. Contudo, a autarca chamou atenção para o aumento de casos de violência doméstica, condução sob o efeito de álcool e burlas informáticas.
Com uma amostra de 859 participantes, o estudo iniciado em 2023 propõe um diagnóstico exploratório das condições sociais no concelho. “Trata-se de um trabalho que assinala fragilidades e aponta caminhos para o futuro, sempre em conjunto com as entidades locais, visando uma sociedade mais justa e igualitária”, concluiu Cristina Pedra.