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Israel nega ter avançado em direcção a Damasco

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FOTO BILAL AL HAMMOUD/EPA  

O exército israelita negou hoje que tenha mandado os seus tanques avançar em direção a Damasco, rejeitando informações da comunicação social e garantindo que as suas forças se mantêm na zona desmilitarizada do sul da Síria.

"As notícias que circulam nos meios de comunicação social sobre o alegado avanço dos tanques israelitas em direção a Damasco são falsas. As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] estão estacionadas na zona tampão [zona desmilitarizada]", assegurou o exército citado pela agência de notícias espanhola Efe.

Também a televisão oficial síria, agora controlada pela oposição ao regime do Presidente destituído Bashar al-Assad, indicou que "o exército de ocupação israelita se mantém nas suas posições anteriores a partir da parte norte de Quneitra e Hamidiya, sem qualquer novo movimento".

Tanto o exército como a televisão síria negam assim os relatos do meio de comunicação libanês al-Mayadeen, segundo o qual os tanques israelitas ultrapassaram, esta manhã, os limites dos Montes Golã, no sul da Síria, e entraram na zona rural nos subúrbios de Damasco.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou na segunda-feira ao exército que criasse uma "zona de segurança" livre de armas pesadas no sul da Síria, além da zona desmilitarizada entre os dois países, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, afirmou que a presença de tropas no sul do Líbano é "temporária e limitada".

Além disso, Katz pediu às FDI que garantam o controlo total da zona desmilitarizada, nos Montes Golã, onde o exército estava destacado desde domingo, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad e a tomada de Damasco pelos insurgentes islâmicos sírios.

Israel, que deixou claro que não tem qualquer intenção de interferir nos assuntos internos do país vizinho, pediu aos habitantes de cinco cidades sírias localizadas na zona desmilitarizada que permanecessem nas suas casas.

Katz indicou que as forças israelitas também têm ordens para destruir armas estratégicas, como diferentes tipos de mísseis, 'rockets' e defesas antiaéreas, para que não caiam nas mãos de grupos que possam ser hostis a Israel.

No domingo, os insurgentes declararam Damasco livre e o Presidente sírio, Bashar al-Assad, fugiu para Moscovo com a sua família.

A ofensiva da oposição ao regime começou a 27 de novembro e foi liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), herdeira da antiga afiliada síria da al-Qaeda e classificada como grupo terrorista por países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e ainda a União Europeia.