“Não podem tomar as mesmas decisões e esperar que os resultados sejam completamente diferentes”
Reacção de Paulo Cafôfo à sondagem do DIÁRIO/TSF-M, para quem “está tudo por decidir e tudo é possível”
“Está tudo por decidir e tudo é possível”, é a primeira conclusão de Paulo Cafôfo à sondagem da Aximage para o DIÁRIO e TSF-M que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira, desta terça-feira, 10 de Dezembro, tendo em conta também as “margens de erro e muitas pessoas não sabem ou não respondem”.
Para o líder do PS Madeira “uma coisa certa: os madeirenses e porto-santenses não podem, enquanto comunidade, enquanto sociedade, não podem tomar as mesmas decisões e esperar que os resultados sejam completamente diferentes”, adverte.
Erica Franco , 10 Dezembro 2024 - 07:00
Defensor que a Madeira precisa de uma mudança, o líder regional do Partido Socialista promete tudo fazer “para conquistar a confiança dos madeirenses e mostrar que podemos e sabemos fazer diferente e fazer melhor. E para isso vamos continuar a trabalhar muito junto das pessoas, com muita humildade e com toda a proximidade”.
Paulo Cafôfo sustenta ser claro também “para a generalidade dos madeirenses, que quem provocou a instabilidade a as prováveis novas eleições, quem provocou essa instabilidade foi quem disse e assegurou que garantiria estabilidade, mas fez do seu contrário, por isso Miguel Albuquerque e o Chega, não podem ser premiados nestas eleições. Nós já vimos que o Miguel Albuquerque é o foco de instabilidade e que, com o PSD, a estabilidade nunca será possível”, avisa.
Razão para em jeito de alerta ao eleitorado, concluir que “continuar a insistir em Miguel Albuquerque, é continuar a insistir na instabilidade. O governo do PSD e de Miguel Albuquerque já demonstrou que, enquanto estiver à frente dos comandos da região, a Madeira não vai mudar, não vai evoluir e os problemas estruturais das pessoas e da região vão continuar a não ser resolvidos”.
Reconhece que “temos tido demasiadas eleições em tão curto espaço de tempo, mas para construir uma solução governativa que assegure estabilidade, a mim parece-me só com novas eleições e, nestas eleições, o voto tem que ser dado a quem pode e quer a mudança, como é o caso do Partido Socialista”, aponta.
Aproveita para também reafirmar estar disponível “para construir uma solução de governação que seja estável, assim queiram também outros partidos políticos da oposição juntar-se ao PS”.
Paulo Cafôfo vai mais longe no apelo à convergência da oposição, ao declarar que “qualquer dirigente político que tenha responsabilidade, que seja responsável, irá perceber que serão necessários acordos se não quisermos que o PSD continue a governar. As pessoas esperam de nós, líderes partidários da oposição, que nos entendamos para poderem essas pessoas, as nossas pessoas, terem esperança e confiarem em nós. E não pode haver esperança se apenas quisermos derrubar o PSD. Temos de ser capazes de ter aquilo que chamo de maturidade política e de não olharmos apenas para o nosso umbigo, mas olharmos para os olhos das pessoas que precisam de nós e dos nossos partidos. E por isso considero que temos de agregar e convergir, temos de somar e não dividir, porque juntos, nós, partidos da oposição, seremos mais fortes e juntos teremos a capacidade de criar um mundo de esperança e é isso que os madeirense e porto-santenses esperam de nós”, conclui.