José Manuel Rodrigues defende Cultura como ferramenta para ganhar projecção e notoriedade
José Manuel Rodrigues defendeu, hoje, que “a Cultura é talvez a ferramenta mais eficaz que temos ao nosso alcance para nos darmos a conhecer, para vincarmos a nossa identidade, para nos abrirmos aos outros e, com isso, ganharmos projeção e notoriedade”. O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira falava no encerramento da XXX Semana Cultural da Ilha.
O presidente da ALRAM referiu que a Ilha é “um exemplo de como em terras pequenas se pode fazer grandes coisas”, referindo-se à Semana Cultural da Ilha.
“Esta interação cultural é porventura o segredo da longevidade e do sucesso desta iniciativa que, anualmente, traz à ilha a inovação e a criatividade, mas que também dá a conhecer, a quem aqui vem, o que foi a história e o que são as vivências das gentes da Ilha”, frisou José Manuel Rodrigues.
Rodrigues mostrou-se satisfeito pelo facto de o Parlamento ser actualmente conhecido como um pólo cultural, dada a sua abertura a projectos externos, que se apresentam nesse espaço.
“As freguesias de Santana e o concelho têm sabido usar bem a Cultura, nas suas diversas vertentes e expressões, para combater o esquecimento, esbater o isolamento e atrair às suas terras novos públicos e mais visitantes”, considerou.
José Manuel Rodrigues voltou a salientar a necessidade de se criar um Programa de Coesão Social e Territorial, “que tenha em consideração as realidades das diversas zonas geográficas das nossas ilhas, as particularidades e potencialidades de cada concelho e as singularidades e virtuosidades de cada freguesia”. Tudo isto porque defende que “não podemos tratar de forma igual aquilo que é desigual; não podemos ter as mesmas políticas para concelhos com diferentes graus de desenvolvimento socioeconómico; não podemos ter as mesmas medidas para cidadãos e famílias com diferentes rendimentos”.
Entre as medidas que considera cruciais está a necessidade da Região e do Estado manterem serviços públicos de qualidade nestas zonas, impedindo que se encerrem serviços essenciais à vida diária das populações; o Governo Regional deve prosseguir o trabalho, que sei que está a fazer, para reduzir os custos de contexto, naturalmente superiores aos praticados no Sul; para incentivar investimentos privados no Norte e para apoiar mais as empresas que aqui laboram ou que aqui venham a instalar-se; é necessário que os Fundos da União Europeia que apoiam os investimentos realizados pelas empresas nos três concelhos do Norte continuem a ser majorados no próximo Quadro Comunitário de apoio; é essencial que, na criação de empego, as empresas das zonas de menor densidade populacional vejam os incentivos aumentados.
Por fim, defende ainda o estudo de outras medidas de isenção fiscal para as famílias e empresas do Norte.