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Madeira

Concerto para violinos encheu Centro de Congressos

Fotos Afonso Nunes, colaborador ANSA/OCM
Fotos Afonso Nunes, colaborador ANSA/OCM

A Orquestra Clássica da Madeira voltou a encher hoje a Sala de Congressos do Casino da Madeira com um público que procura avidamente os projectos culturais que lhes são apresentados, desta feita, numa sala completamente repleta para ouvir um Paganini com um misto de clássico e Jazz pelas mãos do violinista Ettore Pellegrini com direcção musical de Piero Romano.

De acordo com o director artístico da OCM, Norberto Gomes, "apresentou neste concerto um programa diferente, com o propósito de exaltar a inspiração do virtuoso do violino, o italiano Niccolò Paganini e, também com o propósito, de fazer chegar a novos públicos esta nossa linguagem que é a Música".

Por isso, realça, "uma das obras mais aclamadas do compositor são os ‘24 Caprichos’ para violino solo, que são um verdadeiro manancial de técnica e de desafio para qualquer violinista", frisa. "Estes Caprichos, compostos entre 1802 e 1817, foram escritos em forma de estudos cada um deles explorando diferentes possibilidades, desde notas duplas, trilos, passagens muito rápidas, várias técnicas de arco, que foram apresentadas neste concerto com uma nova roupagem através dos arranjos, orquestrações e composições de Roberto Molinelli, dando à Orquestra um papel de suporte ao solista", evidencia o responsável.

Conta que "o solista Ettore Pellegrino, generoso e inspirado, foi multifacetado na apresentação, usando tanto o violino acústico na abordagem original e clássica ou amplificado na abordagem jazzística, onde tinha também como suporte um trio jazz com guitarra, viola baixo e bateria com solos magníficos de Gianluca Persichetti, Gábor Bolba e Jorge Garcia", refere Norberto Gomes essa nota diferente de um típico concerto de uma orquestra clássica.

Não é por acaso que "este concerto representou o segundo concerto especial de Outono, marcando o período da contínua actividade da nossa Orquestra, onde de forma natural apresentamos sempre programas diferenciados, indo à procura de um público atento e diverso que tem na nossa Orquestra a instituição cultural que lhes traz a música, preenchendo as suas ambições emocionais culturalmente", acredita.

O público, rendido ao momento de entrega, de virtuosismo e intensidade musical, "ovacionou de pé os artistas em palco sendo brindado com dois extras que deixaram todos" ainda mais "rendidos a uma execução extraordinária, Escualo de Piazzolla com violino e Trio jazz e no final o Capricho Nº19 de Paganini com final apoteótico com orquestra", conta.

Norberto Gomes evidencia que "foi mais um fim de tarde cultural onde a Orquestra Clássica da Madeira sentiu uma vez mais o peso da sua responsabilidade social e cultural e onde esteve presente o calor e o reconhecimento do público que nos acompanha nesta caminhada que conta já com seis décadas. Estas manifestações culturais representam na nossa actividade o propósito da existência da orquestra onde a interpretação e a partilha do conhecimento permitem que a cultura se expanda de forma generosa e infinita", acredita.

E ainda realça uma particularidade "que começa a ser constante, e em crescimento", a presença de "um número cada vez maior de jovens, estudantes de música, do Conservatório Escola das Artes da Madeira". Por isso, conclui, "a Orquestra Clássica da Madeira sente-se grata, respondendo com compromisso e responsabilidade".