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Especialista diz que a boa publicidade é divertida e não pode ser mentirosa

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A experiente e premiada publicitária Susana Albuquerque pediu às centenas de pessoas que assistem ao TEDex Funchal, que decorre esta tarde no Centro Cultural e de Investigação do Funchal (CCIF), que façam um ‘reset’, um reinício da forma como olham para a publicidade, que muitas vezes pode ser chata e aborrecida, por atrasar ou interromper programas, séries e vídeos na TV ou online, mas que pode bem ser divertida e interessante.

A especialista começou por perguntar de forma retórica se precisamos mesmo de publicidade e de vender, para logo depois lembrar que aquilo que as pessoas publicam nas suas redes sociais não mais do que “anúncios para os amigos, a família e até a potenciais namorados”. “A publicidade é arte de persuadir alguém sobre um produto ou serviço e, como tudo na vida, a publicidade pode ser boa ou má”, sublinhou. Passou depois a enunciar as características da boa publicidade: deve ser generosa, verdadeira, divertida, simples, proporcionar espectáculo, novidades e servir de veículos de causas. O bom anúncio não pode basear-se numa mentira, pois esta será comprovada pelo cliente/consumidor quando experimentar o serviço ou produto que está a ser promovido.

Será que há limites para a publicidade? Susana Albuquerque responde de forma afirmativa. Há limites de orçamento, de tempo, de disponibilidade das pessoas para receber a publicidade, bem como limitações da marca e dos valores dos profissionais que fazem publicidade, que têm de respeitar um código deontológico e um quadro legal. “Quando trabalhamos numa agência, percebemos que as marcas têm um perfil. A Ikea é divertida. Mas se calhar não encontram um anúncio divertido da BMW. As marcas são como as pessoas, têm tons diferentes”, justificou.

Susana Albuquerque é uma das mentes criativas mais influentes de Portugal. É directora criativa executiva e sócia da Uzina, uma agência independente em Lisboa. Desde 2017 preside ao Clube da Criatividade de Portugal, um papel que reflecte o seu compromisso em elevar os padrões da indústria. O seu impacto é global, tendo lugar cativo na ‘board’ do Art Directors’ Club of Europe (ADCE) e do One Club for Creativity, em Nova Iorque. Ao longo de três décadas, trabalhou com marcas como Ikea, Samsung, Nespresso, Aldi e Super Bock. Com uma carreira dividida entre Lisboa e Madrid, onde viveu e trabalhou de 2013 a 2017, o seu trabalho foi reconhecido em inúmeros festivais de criatividade, a nível mundial.

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