A “média” de PNS

Pedro Nuno Santos (PNS) ufana-se do legado deixado aos portugueses pelos 8 anos de governação do PS (GPS) onde ele se inclui, 4 dos quais com o apoio explícito de BE e PCP.

Para PNS como para BE e PCP, tudo o que de mal se passa atualmente em Portugal nada é da responsabilidade dos 8 anos da GPS, 4 deles com os seus parceiros da “Geringonça”, mas sim da atual governação que tem menos de 1 ano.

O descalabro no SNS, o aumento da pobreza, a crise habitacional, a fuga para o estrangeiro de jovens com qualificações superiores, a falta de professores, as lutas por melhores condições salariais dos médicos/técnicos de saúde, polícias, militares, funcionários judiciais e muitas outras reivindicações como por exemplo dos funcionários não docentes das creches/escolas, nada disso é da responsabilidade dos 8 anos de GPS, mas sim da atual governação que nem 1 ano tem.

A prosápia e uma certa soberba com que PNS louva os 8 anos de GPS e em especial os 4 anos de “Geringonça”, poderia levar quem não conhecesse a realidade dos factos a pensar que essa foi uma governação que colocou Portugal nos primeiros lugares do desenvolvimento e do bem estar económico e social da UE, algo que infelizmente está muito longe da realidade.

Segundo a informação mais recente disponibilizada pela Pordata, a pobreza atinge mais de 25% da nossa população, a taxa de intensidade de pobreza aumentou de 21,7% em 2021 para 26,5% em 2022, temos a 13ª maior taxa de pobreza/exclusão social da UE, somos o 4º país mais desigual da UE e durante a última década a pobreza não só não diminuiu como cresceu.

Em entrevista à SIC-N a coordenadora da EAPN Maria José Vicente afirmou que o número de pessoas com rendimentos abaixo dos 591 euros é “alarmante“ e que no último ano “mais 85 mil pessoas“ passaram a viver em situação de pobreza.

Perante esta situação “alarmante” que a GPS nos deixou, é de todo bizarro que PNS considere como positiva “a média dos oito anos do PS” na taxa de crescimento de Portugal.

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