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Madeira

BE diz que o Chega está a fazer "um número de circo"

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"Depois de viabilizar um Governo indiciado por vários crimes; depois de dar uma cambalhota para manter um presidente arguido aos comandos da Madeira e dar carta branca a Miguel Albuquerque; depois de 'desobedecer' a Ventura, alegando a necessidade de política e social na RAM; depois de anunciar publicamente a sua satisfação com as negociações com o Governo Regional, para o orçamento de 2025, Miguel Castro regressa de Lisboa com uma moção de censura na bagagem", começa por dizer a Comissão Política Regional do Bloco de Esquerda. 

No seu entender, "o CH faz um número de circo quando apresenta uma moção que lava a cara ao PSD-M e que não pretende ver aprovada". 

É uma moção de líderes fracos. Não pretende derrubar o governo, mas apenas forçar uma mudança de personagens. Que protege os lugarzinhos para os quais foram eleitos e não muda em nada as políticas desastrosas que estão a empobrecer a maioria dos madeirenses".  BE

E acrescenta: "Há, de facto, razões substantivas para censurar este Governo do PSD-M que vão para além dos processos judiciais e de um inédito governo sob suspeita de crimes graves contra o interesse público e contra os madeirenses". 

De acordo com o partido, "é preciso defender a Madeira da vergonha que tem sido esta governação e de décadas de nepotismo do PSD-M, que salvaguarda os interesses de uns poucos e nada resolve dos problemas com que os madeirenses se confrotam".

"A grave crise da habitação é disso apenas um exemplo", refere. 

E que se houvesse um verdadeira oposição que defendesse os madeirenses, uma oposição forte na Assembleia Legislativa Regional, esta moção já devia ter sido apresentada. Mas PS e JPP têm medo de eleições e têm-se mostrado mais interessados em manter o statu quo".  BE

Na sua óptica, "uma moção de censura tem de ser consequente com o seu propósito que é convocar novas eleições quando um governo é censurado. É assim em democracia". E, conforme acrescenta, "o Bloco de Esquerda opõe-se à forma como esta tentativa de golpe palaciano está a ser conduzida. Não basta mudar a cara do reizinho e manter toda a oligarquia no poder".

É urgente um alteração significativa de políticas e isto não é possível com o mesmo partido que há 48 anos governa a Região".  BE

E conclui: "Tal como defendemos em Janeiro e voltámos a fazer desde os incêndios: moção de censura já. A única consequência possível de uma moção de censura num Estado de Direito é voltar a dar a voz ao povo e convocar eleições antecipadas. Este é o único cenário aceitável em democracia".