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Madeira

Quando o bullying ultrapassa os portões da escola

A “perseguição online” tem ganho mais expressão entre os mais novos, podendo resultar em consequências graves para a saúde mental das vítimas

O bullying pode ser dividido em várias vertentes, físico, verbal, socio-emocional e cyberbullying, estando o último a ganhar cada vez mais expressão entre crianças e jovens e a deixar cada vez mais vítimas a sofrer em silêncio, podendo as consequências se revelarem devastadoras e, em alguns casos, chegar a colocar em causa a própria vida.

A psicóloga Carolina Correia abordou o tema no DIÁRIO-Crianças, onde explicou os perigos da desvalorização, reforçando que apesar de já existir mais informação e um trabalho feito nas escolas, em casa, “ainda não é tão encarado com a devida seriedade, por ser considerada uma situação passageira ou normal da idade".

O cyberbullying acaba por ser “uma perseguição online” que ocorre na internet e prolonga os abusos para além dos portões da escola, estando a humilhação, muitas vezes a ser assistida por “uma plateia ainda maior”, levando a que a vítima não se sinta segura em lado nenhum.

Carolina Correia sublinhou a importância de “se agachar ao nível das crianças e dos jovens”, lembrando que não têm a capacidade de entender que existe uma saída e uma solução para aquela situação, porque se recuarmos à idade dos mesmos “entendemos a sensação de que tudo é o fim do mundo, porque também passamos por isso”.

A entrevistada da rubrica presente no canal do DIÁRIO, no Youtube, chamou ainda à atenção para o agressor, que “muitas vezes é a primeira vítima”, abordando ainda os sinais a que os cuidadores devem estar atentos e quais são as melhores estratégias para lidar com os dois casos.