Miguel Castro reafirma vontade de retirar referências ao PS mas recusa hipótese de retirar a moção ao Governo
Chega apresentou 16 propostas enviadas para o Parlamento nacional, a serem incluídas na discussão do Orçamento de Estado para 2025, mas o tema do dia é a intenção de derrubar Albuquerque
O partido Chega (CH), que hoje apresentou 16 medidas que pretende serem debatidas na especialidade do Orçamento de Estado para 2025, que dizem respeito às responsabilidades da República para com a Madeira, foi confrontado com o tema do dia, ou seja a moção de censura apresentada para derrubar o Governo de Miguel Albuquerque. Miguel Castro, líder parlamentar, reafirmou a disponibilidade de retirar referências ao PS, que terão sido mal recebidas nas hostes socialistas, mas recusa hipótese de retirar a moção ao Governo.
Aos jornalistas na nova sede do partido à Rua Dr. Brito Câmara, no Funchal, o também líder regional do CH, diz-se totalmente disponível para corrigir, em diálogo e de acordo com os outros partidos da oposição, o texto da Moção de Censura já entregue nos serviços da Assembleia Legislativa da Madeira. Inclusive, frisou, importa é conseguir consenso entre a oposição para que os actuais membros do Governo sob suspeita judicial sejam retirados do poder, a começar em Miguel Albuquerque.
O CH, garante, não irá retirar a Moção de Censura, cujo agendamento da data a ser discutida será decidido na próxima segunda-feira em reunião de líderes.
Questionado se aceitaria retirar a moção em detrimento de uma do PS, Miguel Castro garantiu que isso não faria qualquer sentido, mesmo porque essa possibilidade só aconteceria numa data posterior à moção que apresentou.
Entre as propostas do CH para que o Estado assuma despesas e responsabilidades na RAM estão subsídios de insularidade aos funcionários judiciais, às forças de segurança e forças armadas, a fixação de um valor para as viagens aéreas dos madeirenses e a criação de uma linha marítima de pessoas e carga rodada com o continente, a criação de um cheque saúde, obras de requalificação nas esquadras, tribunais e faróis na Região, regularização de dívidas Estado em matéria de IRS e IRC e dos subsistemas de saúde, a majoração do financiamento da Universidade da Madeira, a prorrogação por 5 anos das licenças das empresas no Centro Internacional de Negócios da Madeira e o reforço de meios marítimos de patrulhamento da zona económica exclusiva do arquipélago.