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Madeira

Carlos Pereira pergunta porque o PS não apresenta a sua Moção de Censura

Foto Arquivo/Aspress
Foto Arquivo/Aspress

O deputado do PS à Assembleia da República, eleito por Lisboa, e antigo líder  regional socialista propõe aos socialistas madeirenses  a apresentação de uma Moção de Censura alternativa ao Governo Regional, à semelhança do que fez o Chega. Carlos Pereira frisa: "A grande questão que se coloca hoje é porque razão a comissão política do PS M não está a discutir uma moção de Censura ao governo regional imposta pelo maior partido da oposição."

"Ainda iriam a tempo!", acredita, quando questionado sobre que posição  deveria tomar a estrutura dirigente do partido na reunião  agendada para sábado. "A questão é também compreender como é possível num contexto de profunda fragilizacão governativa, de uma tremenda hecatombe dentro do partido que suporta o governo, vemos o maior partido da oposição a reboque da agenda do Chega e a equacionar o que fazer perante a decisão óbvia. O PS M está naturalmente obrigado a votar favoravelmente uma censura , apesar do texto do Chega insultar o próprio PS M, aproveitando alguma ingenuidade política ou desatenção para com a realidade", sentencia. 

Mas, diz mais: "Que fique claro, a Moção de Censura não resolve o problema político da Madeira, mas pode ser a oportunidade para um novo caminho assente numa alternativa sólida e competente liderada pelo único partido capaz de a protagonizar - o PS M." 

Por isso, entende o também antigo líder parlamentar socialista no parlamento regional, que "a aprovação da moção de censura mata dois coelhos de uma cajadada: afasta um mau governo e alivia os madeirenses dos danos tremendos que têm vindo a ser impostos à população e, não menos importante , abre espaço para que o maior partido da oposição se reabilite e construa um novo caminho envolvendo a sociedade civil", propõe. "Repito, por isso, o que já disse noutras alturas: o PS M deve promover umas eleições primárias que envolva militantes e simpatizantes, e madeirenses em geral, para que a Madeira possa experimentar um caminho de confiança e dignidade".

Conclui, lançando um apelo a Paulo Cafôfo: "Está nas mãos do líder do PS M dar esse contributo: afastar este mau governo e promover a mudança no partido de forma a permitir ser a alternativa que os madeirenses precisam."