Miguel Silva Gouveia: Voto a favor da moção de censura é a única opção
O ex-presidente da Câmara do Funchal e vice de Paulo Cafôfo na autarquia, não vê outra opção ao PS e ao actual líder, aprovar a moção de censura ao Governo Regional apresentado pelo Chega. Para Miguel Silva Gouveia, o Partido Socialista, "partido que se afirma como solução para liderar uma alternativa de governo na Madeira, não se vislumbra outro cenário que não seja o voto favorável a esta Moção de Censura", atira quando questionado qual a posição deve tomar o partido que tem reunião da estrutura no sábado.
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E explica a sua posição: "Se por um lado é lembrado que em Julho, no início desta legislatura, os 11 deputados do PS, os 9 deputados do JPP e 1 deputada do Chega votaram contra o Programa de Governo, que equivale a uma Moção de Confiança ao Governo, sendo o mesmo viabilizado pela abstenção dos actuais signatários desta Moção de Censura. Por outro lado, sabemos que, nos 4 meses que, entretanto, se passaram, os argumentos apresentados por PS, JPP e pela deputada do Chega para votar contra o actual Governo não só se mantêm válidos, como se agudizaram com o acumular de casos."
Perante esses pressupostos, mesmo que diga compreender "os receios de alguns actores políticos, que procuram desesperadamente encontrar argumentos que se encaixem nos seus tacticistmos de poder", a verdade para Miguel Silva Gouveia, "independentemente do subscritor desta moção, ou até dos considerandos que a decoram, de modo muito pragmático o que se estará a votar é a censura a um Governo que já deu provas da sua instabilidade e incapacidade executiva, arrastando consigo a credibilidade de instituições e lançando incerteza sobre toda a Região. No final do dia, é o futuro da Madeira e dos madeirenses que está em causa", argumenta.
Assim, acredita, "se existir coerência e foco no interesse colectivo dos madeirenses, é expectável que esta Moção de Censura seja aprovada. Mais do que de virar de página, é tempo de fechar este livro e começar a escrever um novo", sentencia.