Novo balanço oficial das cheias em Espanha aponta a 219 mortos e 93 desaparecidos
O número de mortos confirmados nas inundações de 29 de outubro em Espanha subiu para 219 e as autoridades têm registo de 93 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Os dados oficiais anteriores eram de 217 mortos e 89 desaparecidos.
A maioria das vítimas mortais é da região autónoma da Comunidade Valenciana, no leste de Espanha, onde estão confirmados 211 mortos.
Na região de Castela La Mancha, numa zona vizinha da Comunidade Valenciana, morreram mais sete pessoas e há ainda uma vítima mortal do temporal da semana passada na Andaluzia, no sul do país.
Estes dados foram confirmados na quarta-feira à noite pelo ministro da Administração Interna de Espanha, Fernando Grande-Marlaska, numa entrevista à rádio Cadena Ser.
Quanto ao número de desaparecidos, as autoridades disseram que até às 20:00 de quarta-feira havia 93 casos confirmados e registados pelas equipas mistas de polícias e médicos forenses constituídas com este objetivo específico.
Estes casos de desaparecidos correspondem exclusivamente a denúncias em que os familiares forneceram dados sobre as pessoas que procuram, assim como amostras biológicas que permitirão, posteriormente, a identificação das vítimas, no caso de virem a ser encontrados os cadáveres, segundo explicou o Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana, sob cuja tutela está o Centro de Integração de Dados (CID), uma estrutura que funciona em casos como o do temporal da semana passada.
Segundo o CID, o número total de desaparecidos nas inundações poderá continuar a alterar-se, pela possibilidade de alguns casos não terem sido ainda denunciados e por haver neste momento 54 cadáveres ainda não identificados nas morgues de Valência, cujos dados estão a ser cruzados com os dos desaparecidos.
O ministro Fernando Grande-Marlaska sublinhou que os dados relativos aos desaparecidos são "de uma sensibilidade máxima" e só pode ser divulgada informação através do CID, com base em "dados objetivos", realçando que é também a maneira de combater a desinformação e boatos falsos que estão a circular nas redes sociais e outros canais relacionados com as inundações.