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Madeira

Comissão Política do PS analisa moção de censura no sábado

Socialistas questionam "incoerência e ziguezagues" do partido de Miguel Castro, lembrando "que foi próprio Chega que deu luz verde" ao governo de Albuquerque

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O Partido Socialista da Madeira vai convocar uma reunião da Comissão Política do partido para o próximo sábado, 9 de Novembro, para analisar a moção de censura ao Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque, apresentada pelo Chega esta quarta-feira.

Em nota emitida, o líder dos socialistas da Madeira, Paulo Cafôfo, lembra "que foi próprio Chega que deu luz verde" ao governo de Albuquerque.

Na sequência da reunião do Secretariado do PS-M, ocorrida na tarde de hoje, o presidente do partido faz questão de lembrar "que foi o próprio Chega que deu luz verde a este Executivo, caucionando o regime, quando a maioria dos madeirenses já havia expressado nas urnas que não queria o PSD a continuar a governar a Região, na sequência das suspeitas de corrupção que recaem sobre vários elementos, incluindo o presidente do Governo, Miguel Albuquerque".

“O Chega viabilizou um Governo que tem o seu presidente como arguido num processo por suspeitas de corrupção e deu a mão ao regime, com o argumento de ser preciso garantir a estabilidade governativa e financeira da Região", afiança o presidente do PS Madeira. 

Cafôfo questiona "a incoerência e os ziguezagues do Chega em relação à actuação do Governo Regional que o próprio viabilizou, que culminaram, agora, com a apresentação de uma moção de censura no Parlamento regional".

“Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”, atira o representante socialista. 

O líder do PS-M recorda que, aquando da campanha eleitoral, o Chega garantiu que “com Miguel Albuquerque não”, mas “foi com Miguel Albuquerque que disse sim a este Governo e o viabilizou”.

“O Chega viabilizou um Governo que tem o seu presidente como arguido num processo por suspeitas de corrupção e deu a mão ao regime, com o argumento de ser preciso garantir a estabilidade governativa e financeira da Região. Esse argumento já não é válido?”, pergunta Paulo Cafôfo, acusando o partido de Miguel Castro de ser “cúmplice ético e moral das evidentes más práticas instaladas na governação madeirense”.