PS lamenta resposta "tardia" do Governo Regional ao problema da habitação
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) esteve reunido, esta tarde, com a direCção da Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM), com vista a inteirar-se dos projeCtos que o Governo Regional tem em curso para responder às carências de habitação na Região.
Na ocasião, os deputados Miguel Brito e Olga Fernandes assinalaram o facto de, "graças ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estar prevista a construção de 805 fogos habitacionais até 2026 (os primeiros 146 a entregar este ano), ainda que, inicialmente, o Governo Regional tenha prometido a edificação de 1.121 casas".
Os parlamentares registam os programas em curso neste âmbito, evidenciando que "são possíveis graças às verbas negociadas pelo Governo da República do PS", mas lamentam que o Executivo madeirenses tenha “acordado tarde” para o problema.
“Naturalmente que temos de destacar o facto de, com a construção destas habitações, ser dada uma resposta para os problemas das pessoas que serão abrangidas, mas também não podemos deixar de questionar o que acontecerá às restantes famílias que se encontram em lista de espera, que, neste momento, segundo os dados disponibilizados pela própria IHM, rondam as 4.200”, adiantam os deputados.
Os socialistas questionam o porquê de, "ao longo dos últimos anos, o Governo Regional não ter encarado esta área como uma prioridade" e acusam o executivo de negligenciar o sector "ao não contemplar verbas dos orçamentos regionais para a construção de habitação pública, o que fez com que os problemas se agravassem".
“Foi preciso aparecer o PRR, caso contrário as carências teriam uma dimensão muito maior”, insistem os deputados, fazendo notar que, "mesmo no que se refere às 805 casas a construir, há agora uma comparticipação também regional". “Senão, nem a este número chegaríamos”, evidenciam.
O PS-M confrontou ainda a IHM com a "duplicação do número de casas a construir até 2030", anunciada pelo primeiro-ministro, defendendo que "a Região também deve ser contemplada nesta reprogramação", ainda que a empresa pública lhes tenha alegadamente transmitido não saber se tal virá a acontecer.