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Comunidades Madeira

Sancho Gomes não perspectiva "impactos negativos" para os madeirenses com a eleição de Trump

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O director regional das Comunidades e Cooperação Externa, Sancho Gomes, manifestou-se sobre a recente eleição presidencial nos Estados Unidos da América, enaltecendo a "participação activa" da comunidade madeirense no acto eleitoral e minimizou quaisquer efeitos imediatos para a Madeira. 

Em declarações ao DIÁRIO, o governante destacou a boa articulação do Governo Regional com os representantes da comunidade madeirense nos EUA, realçando que a participação activa dos cerca de 50 mil emigrantes madeirenses neste acto eleitoral reflecte a sua inserção nas diversas regiões onde residem, como Flórida, Nova Inglaterra e Califórnia. "A comunidade madeirense está bem integrada e participou activamente no acto eleitoral e encara com naturalidade os resultados", afirmou. 

Embora a Madeira não tenha relações bilaterais formais com os EUA, os vínculos entre Portugal e os Estados Unidos permanecem estáveis, com Sancho Gomes a lembrar que a última presidência de Donald Trump não causou "prejuízos directos" para Portugal e, que, por isso, o Governo Regional não prevê impactos negativos este regresso à Casa Branca. "Mas, teremos que ver que políticas vão ser desenvolvidas e que postura terá a nova administração", frisou.

"Os Estados Unidos são uma democracia antiga e consolidada, com mais de 200 anos, e esperamos que mantenham com a postura extremamente coerente naquilo que é a sua política externa", referiu.

Em outro sentido, Sancho Gomes fez menção ao aumento expressivo de cidadãos norte-americanos residentes na Madeira nos últimos anos. "Em 2014, haviam apenas 47 norte-americanos residentes na Região, mas este número tem vindo a crescer substancialmente, fruto também das linhas directas que foram abertas entre a Madeira e algumas cidades dos Estados Unidos. Portanto, segundo os dados que foram recolhidos no final de 2023, tínhamos 452 norte-americanos a residir na Região, constituindo já como a sétima maior comunidade estrangeira na ilha", concluiu