Trump declara vitória
Após a conquista da Pensilvânia, Donald Trump acaba de declarar vitória como presidente norte-americano.
Num palco montado em West Palm Beach, na Flórida, rodeado dos seus principais apoiantes, a vitória nas eleições de 2024 está praticamente assegurada, uma vez que já terá conquistado 266 dos 270 dos grandes eleitores que lhe permitem cantar vitória antecipada.
Na sede de campanha de Kamala Harris, a candidata democrata, os apoiantes já foram aconselhados a voltar para casa.
"É uma vitória política nunca antes vista no nosso país", afirmou o magnata nova-iorquino a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu 'resort' em Mar-a-Lago.
Trump destacou que os resultados eleitorais da votação realizada na terça-feira lhe deram um "grande sentimento de amor" e que a nação lhe deu "um mandato poderoso".
Falando junto da mulher, Melania Trump, que já apresentou como "primeira-dama", dos filhos, do candidato a vice-Presidente, J.D. Vance, descrito como "uma escolha certeira", e do presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, o candidato republicano disse que, com esta vitória, irá "ajudar o país a curar-se" e "reparar a fronteira" com o México.
"Quero agradecer ao povo americano pela extraordinária honra de ter sido eleito o seu 47.º Presidente", declarou Trump, retomando o lema do movimento MAGA ("Make America Great Again") e proclamando o começo de "uma era dourada para o país".
Cerca das 08:30 (hora de Lisboa), Trump tinha 267 votos eleitorais contra 224 da sua adversária democrata, Kamala Harris, segundo as projeções dos media norte-americanos, incluindo a cadeia televisiva Fox, que já declarou o ex-Presidente vencedor, e liderava a contagem em todos os estados considerados decisivos e ainda sem vencedor declarado.
"Faremos a América grande outra vez", insistiu o ex-Presidente norte-americano (2017-2021)", que observou que hoje "será lembrado como o dia em que os norte-americanos recuperarão o controlo do seu país", quando as projeções davam a recuperação do Partido Republicano do Senado e o resultado da Câmara de Representantes permanecia ainda em aberto.
Num discurso de cerca de meia-hora, à frente da sua equipa de campanha, Donald Trump elogiou o trabalho dos seus apoiantes, que disse terem organizado cerca de 900 eventos, assinalando que nas eleições de 2016, que venceu contra Hillary Clinton, e de 2020, que perdeu para Joe Biden, o seu potencial foi subestimado.
Nesse sentido, comentou que, de alguma forma, o mesmo aconteceu durante esta campanha, mas em menor escala, e enalteu as vitórias na Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte e os resultados que apontam para o mesmo caminho nos outros quatro estados considerados decisivos: Arizona, Nevada, Wisconsin e Michigan.
"Prometo não descansar até entregar uma América forte, segura e próspera que os nossos filhos merecem e que vocês merecem", declarou o republicano, que deixou ainda um apelo para a unidade. "O sucesso vai unir-nos e vamos começar por colocar a América em primeiro lugar. Não vou desiludi-los".
A democrata e atual vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, indicou que só se pronunciará ao longo do dia de hoje, segundo um dos seus coordenadores de campanha, justificando que ainda havia votos por contar.