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Madeira

Mulheres Socialistas dizem ser precico "cuidar de quem cuida"

Cátia Pestana alertou hoje para a importância dos cuidadores informais na Região

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Foto DR

No assinalar de mais um Dia Mundial do Cuidador Informal, o grupo de 'Mulheres Socialistas da Madeira' (MSM) alertou para a necessidade de reflectir em torno da importância dos cuidadores informais e de lhes garantir os devidos apoios. 

Num comunicado enviado às redacções, Cátia Vieira Pestana vinca que "é preciso cuidar de quem cuida". A presidente daquela estrutura socialista salientou que "a aprovação do Estatuto do Cuidador Informal, em 2019, com as alterações introduzidas em 2024, está ainda longe de ser a solução para a quantidade de pessoas, na sua maioria mulheres, que se vêem a braços com a dura realidade de se tornarem cuidadoras dos seus pais, filhos, maridos ou netos".

"85% dos cuidadores são mulheres, muitas já idosas, que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, para colmatar as falhas do sistema de cuidados de longa duração ou dos cuidados paliativos", refere Cátia Vieria Pestana, reforçando a falta de cuidados domiciliários e de alguns apoior previsto no referido estatuto. Na sua missiva, a socialista apela para a necessidade de "ser criada uma rede de apoio real e sólida para dar suporte a estas pessoas, não só ao nível das orientações para o cuidado, mas também que as ajude a cuidar de si próprias, como por exemplo priorizando o seu acesso a consultas de psicologia e psiquiatria, bem como a criação de medidas que garantam uma reforma digna", podemos ler na mesma nota. .

É preciso falar também da quantidade de cuidadoras que se encontram em situação de pobreza, cujo subsídio de apoio ao cuidador informal não funciona como uma valorização pelos cuidados que prestam, mas sim um parco instrumento de combate à pobreza a que estão votadas.  Cátia Vieira Pestana, presidente do núcleo Mulheres Socialistas da Madeira

Perante essas falhadas, diz ser urgente desburocratizar o acesso ao Estatuto do Cuidador Informal, "para, assim, permitir o acesso a mais cuidadores e valorizar as pessoas que desempenham esta importante função, quer para os familiares que estão ao seu cuidado, quer no alívio da rede oficial de cuidados”.

A mesma missiva refere que, segundo o relatório da Comissão de Acompanhamento, Monitorização e Avaliação do Estatuto do Cuidador Informal, entre 2020 e o final de 2023, o cuidador informal era, em 85% dos casos, uma mulher, com idade média de 56 anos.