Atitudes revelam prioridades. O resto é conversa

Eu tenho muitas dívidas porque sempre tive gente incrível à minha volta. Acredito que ninguém aparece no nosso caminho por acaso, nem nos cruzamos com outros sem algum propósito.

Quando realmente somos nós mesmos, muitas pessoas se afastam, mas isso cria o espaço necessário para que as pessoas certas cheguem.

De algumas ainda sou amiga, de umas afastei-me e de outras guardo felizes memórias. Transporto comigo, a modos de mochila, alguns medos, amarguras e, em larga medida, muitas inquietações e interrogações sem resposta num horizonte próximo. Sou obstinada e independente e a minha sinceridade brutal pode, muitas vezes, confundir algumas mentes.

Nasci aqui, penso por mim e tenho o desaforo de assumir que conheço razoavelmente “a alma “desta Terra a que pertenço.

A História conta que a Natureza não deve ser contrariada...Não vejo, no entanto, nenhum alto representante das Instituições Públicas competentes sair em defesa da preservação do que ela possui de mais genuíno. Pelo contrário, vejo a apologia e conivência de projectos elaborados por “pseudo” engenheiros que, do alto dos seus escritórios, ditam a destruição de um bem que é de todos, a que não é alheia alguma irresponsabilidade e passividade perante o desespero e ou desconforto dos que querem o desenvolvimento da sua Terra, mas não a qualquer preço, hipotecando o que não lhes pertence. Lamentavelmente há um silêncio ensurdecedor, por comodidade, medo ou hipocrisia, inibidor do “grito de Ipiranga que, hipoteticamente, a acontecer será demasiado tarde.

As pessoas não mudam quando chegam ao poder .Elas revelam-se.

Tenho visto tanta gente levantar a mão para “louvar “e não estende as mesmas mãos para levantar quem precisa de ajuda. São os arrogantes que nem percebem a sua relativa pequenez diante da grandiosidade da vida dos outros. Há muita gente com forma, mas sem conteúdo.

Eu quero é atitude...Palavras eu encontro no dicionário.

Madalena Castro