CHEGA-Madeira exige explicações de Albuquerque sobre os incêndios
O partido CHEGA-Madeira, através do deputado Hugo Nunes, expressou publicamente a sua perplexidade e indignação com a recusa do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, em comparecer na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os incêndios que devastaram a região entre 14 e 26 de Agosto deste ano.
"A postura de afastamento por parte do presidente Albuquerque é, no mínimo, inaceitável e lamentável, uma vez que estamos a falar de uma situação que afetou a segurança, o bem-estar e o meio ambiente da Madeira. Era esperada, nesta Comissão, uma colaboração democrática para o esclarecimento dos factos e das falhas graves na gestão dos incêndios, que evidenciaram uma incapacidade de resposta preventiva e organizada", sublinha Hugo Nunes, deputado do CHEGA-Madeira.
Hugo Nunes diz ainda que "os incêndios destruíram vastas áreas florestais e deixaram a população vulnerável, resultado de um planeamento e resposta que falharam em proteger os madeirenses". Além disso, conforme acrescentou, "em plena crise, o Governo Regional foi alvo de acusações de tentar limitar a actuação da comunicação social, com o Sindicato dos Jornalistas a denunciar restrições impostas aos profissionais, o que comprometeu o direito dos madeirenses a uma informação clara e actualizada".
Outro ponto que, no seu entender, "causa profunda inquietação foi a revelação de que o Governo Regional teria rejeitado auxílio do Estado, uma informação confirmada pela Ministra da Administração Interna, mas que foi contrariada publicamente por Miguel Albuquerque". Esta contradição, conforme refere, "não só gera dúvidas quanto à veracidade das declarações do Governo Regional, mas também coloca em causa a sua capacidade de liderança e de tomada de decisão em momentos de crise".
“O CHEGA-Madeira exige respostas concretas sobre estas falhas e a apresentação de um plano eficaz para evitar que situações semelhantes possam voltar a ocorrer, em defesa de uma Madeira segura e bem preparada para lidar com futuras catástrofes", conclui Hugo Nunes.