Advogados: “Não gastemos as nossas forças em combates internos”
Apelo do presidente do Conselho Regional da Madeira da Ordem dos Advogados
“Não gastemos as nossas forças em combates internos. Antes pelo contrário. Usem-nas para combater as forças externas, aquelas que procuram atingir negativamente e prejudicar a advocacia e os advogados portugueses”. O apelo, numa alusão às divergências em torno de temas como a alteração dos estatutos, os autos próprios e a tabela remuneratória, foi expresso por Artur Jorge Baptista, presidente do Conselho Regional da Madeira da Ordem dos Advogados, na sessão de encerramento da XIII Convenção das Delegações da Ordem dos Advogados, realizada no Centro de Congressos da Madeira.
Justificou o reparo por não gostar de viver em torno dos problemas, mas antes, trabalhar em soluções.
É “inaceitável” uma justiça adaptada a questões de complexidade e de celeridade
Miguel Albuquerque no encerramento da Convenção das Delegações da Ordem dos Advogados
Orlando Drumond , 30 Novembro 2024 - 14:06
Momento também aproveitado para exaltar a advocacia portuguesa e o orgulho em ser advogado, profissão essencial “para a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos”.
Por levantar preocupações, Artur Baptista abordou ainda a IA – Inteligência Artificial para afirmar “continuo a acreditar que a IA pode, deve e é uma ajuda, mas não substitui, porque a emoção o sentimento e a ética não são apropriáveis pela máquina”. Convicção que leva o advogado madeirense a concluir que “a IA não nos há-de substituir enquanto tivermos este saber, esta liberdade técnica, este sentimento”, reforçou.
Terminou reiterando o apelo à união da classe: “Todos somos poucos para vencer todos aqueles que põe diariamente em causa todos os direitos dos advogados e da advocacia portuguesa”, disse.