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Mais de 500 mineiros ilegais privados de água e comida detidos na África do Sul

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Mais de 500 mineiros ilegais foram detidos na África do Sul depois de as forças de segurança terem cortado as suas rotas de abastecimento de comida e água, obrigando-os a abandonar um poço de mina abandonado, anunciou hoje a polícia.

Conhecidos como "zama zamas" ("aqueles que tentam" em zulu), os mineiros reapareceram numa mina em Orkney, uma cidade mineira de ouro no distrito de Klerksdorp, na província do Noroeste.

Cerca de "340 outros mineiros ilegais reapareceram e foram detidos", declarou a polícia num comunicado divulgado hoje.

Anteriormente, um porta-voz da polícia tinha dito à agência de notícias AFP que 225 mineiros tinham sido detidos, elevando o número total de detenções para 565.

Os mineiros foram forçados a sair devido a "fome e desidratação", disse a polícia. As forças de segurança tinham anteriormente bloqueado as rotas utilizadas pelos seus cúmplices para entregar alimentos e água na mina.

A operação continuava hoje e "centenas, senão milhares" de mineiros famintos e sedentos poderiam regressar à superfície, segundo a polícia.

Shadrack Sibiya, alto funcionário da polícia, disse que mais de 13.691 supostos mineiros ilegais foram presos em sete províncias do país desde dezembro de 2023.

"Apreendemos cinco milhões de rands (cerca de 261.000 euros) em dinheiro e diamantes em bruto no valor de 32 milhões de rands (cerca de 1,6 milhões de dólares)", disse.

Milhares de mineiros ilegais, muitas vezes oriundos de outros países, trabalham em condições difíceis na África do Sul, rica em minerais.

As suas atividades ilegais são mal vistas, tanto pelas empresas mineiras, como pelos residentes locais, que as associam a um aumento da criminalidade.