Estudo sobre os custos da insularidade avança pelas mãos do Conselho Económico e da Concertação Social
O Presidente do Conselho Económico e da Concertação Social (CECS) da Madeira apelou, esta tarde, a uma "união de esforços" para a realização do primeiro estudo abrangente e rigoroso sobre os custos da insularidade. O pedido foi dirigido na cerimónia de tomada de posse dos membros que compõem o plenário do CECS.
Este é um tema de relevância estrutural para o presente e o futuro da nossa terra, e a sua concretização exige o consenso de todas as forças vivas da sociedade António Abreu, presidente do Conselho Económico e da Concertação Social da Madeira
António Abreu vincou que é fundamental "reconhecer as especificidades da Região de modo a construir argumentos sólidos de negociação, elaborar políticas públicas eficazes e promover a justiça social e económica".
Para este estudo é pedida a colaboração das entidades públicas, dos partidos políticos, do sector privado, da sociedade civil e da Universidade da Madeira.
De acordo com o Presidente do CECS, um estudo sólido e bem conduzido tem como mais-valia assegurar "apoios e investimentos, reconhecer as necessidades da Madeira, estimular a económica local e traçar uma estratégia sustentável para o futuro".
Os conselheiros, que hoje tomaram posse, "desempenham um papel crucial no processo de formulação de pareceres e recomendações que guiam políticas públicas e estratégias de desenvolvimento. O debate plenário é o local onde se debatem temas de interesse estratégico, como o crescimento económico, a transição verde e digital, ou a inclusão social. Deste órgão consultivo são emanadas propostas concretas, orientando o Governo Regional e outras entidades sobre ações prioritárias", rematou António Abreu.
Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira diz que CECS precisa de uma nova dinâmica
O Presidente do Parlamento madeirense começou por afirmar que "o Conselho Económico e de Concertação Social da Madeira precisa de um novo impulso e de uma nova dinâmica".
José Manuel Rodrigues entende que por não haver "um governo de maioria absoluta" os parceiros sociais "devem ter um outro protagonismo nas decisões", vincando que a "Madeira vive uma crise política, que tem origem na própria política", que não pode ser ignorada.
Nestes tempos instáveis, incertos e imprevisíveis, em que nós não sabemos qual vai ser o futuro a curto prazo da Região, os parceiros sociais ganham uma outra responsabilidade. Todos podem contribuir para que a própria política possa ultrapassar esta crise política José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desafiou o CECS a tentar perceber "como é que o crescimento económico, positivo, que a Região tem registado, vai chegar às pessoas". "A redução de impostos, a valorização dos salários, uma política de rendimentos mais justa, e políticas de prestações sociais e de combate à pobreza mais eficazes" são algumas das medidas antevistas por José Manuel Rodrigues, para o qual pediu atenção redobrada dos conselheiros.