Calheta, Educação e Finalistas
Preocupa-me todo o reboliço político, onde se discutem cargos, eleições, enfim, o poder pelo poder
Foram 116, os finalistas que no passado dia 22 se associaram às comemorações do dia da Escola Básica e Secundária da Calheta (43 anos). Foi um dia bonito, de Festa onde facilmente nos contagiamos por um ambiente de felicidade e principalmente de orgulho por mais uma etapa concluída no percurso académico dos nossos jovens. Professores, técnicos, funcionários e Conselho Executivo, todos sem exceção, deram o seu melhor para mostrar às entidades, empresários, mas principalmente aos pais e Encarregados de Educação todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo.
Hoje, dá gosto ver a forma como os nossos jovens sobem a um palco, evidenciam o seu talento, através da música, ou de outra qualquer forma de arte, sem receios e cheios de confiança, mostrando a sua competência fruto do trabalho desenvolvido na sua escola.
Não há sistemas perfeitos, mas não tenho dúvidas, até pelo testemunho daqueles que vêm de fora, numa escola cada vez mais multicultural, que a nossa Educação está num patamar de excelência, perfeitamente preparada para os novos paradigmas da Comunidade Educativa. É, pois, imperativo que todos os agentes se envolvam e assumam a sua responsabilidade.
A Câmara Municipal da Calheta desde cedo assume o seu papel de impulsionadora e criadora de condições para que os nossos estabelecimentos de ensino e comunidade em geral tenham efetivamente uma base de ação que se reflita positivamente no quotidiano dos nossos estudantes.
São vários os programas de apoio implementados por nós. Desde logo, o programa “Calheta d’Esperanças” de incentivo à natalidade (50 euros mensais dos 0 aos 5 anos), o IMI Familiar, a atribuição de manuais escolares e pack’s de material de apoio e desgaste, a bolsa de apoio aos nossos universitários (60 euros mensais), o acolhimento de estagiários, os programas de juventude ocupacional e o programa “Juventude Ativa”, o apoio para a Escola Virtual e o programa Eco-Escolas. Toda esta dinâmica representa um “investimento” do Orçamento Municipal superior a 600 mil euros por ano letivo. Nesta verba não estão incluídas obras novas e de manutenção dos edifícios escolares.
Já reza a História que a união faz a força. Tem sido assim na Calheta, com resultados evidentes, com a implementação de políticas objetivas em consonância com quem realmente conhece o setor, privilegiando o diálogo e sempre em equipa.
Preocupa-me todo o reboliço político, onde se discutem cargos, eleições, enfim, o poder pelo poder. Parece valer tudo menos cumprir programas e assumir responsabilidades, perante aqueles que democraticamente nos elegeram. A estabilidade política e democrática está em causa. Tenho receio que o caminho que todos trilhamos, independentemente das ideologias, esteja em risco. Oxalá o povo do alto da sua soberania não o permita.