"Liberdade era o pulso de um povo que, mesmo quebrado, se recusava a dobrar"
Nuno Morna, deputado da Iniciativa Liberal, foi o segundo a intervir na sessão comemorativa do 25 de Novembro, um momento em que lembrou, de forma algo poética, alguns dos acontecimentos do 25 de Novembro.
“O 25 de Novembro chegou com a luz fria de um dia qualquer, e com os olhos acesos de quem está prestes a testemunhar um parto ou um enterro. As ruas ouviram passos firmes, botas que troavam sobre o empedrado como tambores de guerra, enquanto nos quartéis se trocavam ordens breves e certezas rangiam como portas antigas. Havia uma urgência nos gestos, nas mãos que empunhavam armas ou fitavam mapas rabiscados, como se naquele dia o tempo fosse uma corda ao pescoço apertada demais”, disse.
Na sua intervenção, o parlamentar falou sobre o crescimento e os desafios da democracia e as conquistas recentes. “Portugal aprendeu que a liberdade não se escreve só em panfletos histéricos, mas também nos silêncios entre o som das mãos e dos abraços que seguem a tempestade. Era um país que se redescobria, que sentia na carne a responsabilidade de existir, sem medo de ser mais do que uma ideia.