Ucrânia, guerra e Democracia

Há comentadores/as que procuram manter as suas prerrogativas mediáticas na “nova ordem mundial” pós vitória de Trump, minimizando a importância para a Europa do resultado da guerra contra a Ucrânia, que para o ditador Vladimir Putin (VP) é “apenas” uma “operação militar especial”, ainda que dure há 1.000 dias, com milhares de mortos e estropiados de ambos os lados, o que levou VP a solicitar ao ditador comunista da Coreia do Norte Kim Jong-un um reforço de “carne para canhão” de vários milhares de norte-coreanos.

VP persiste em ameaçar com o recurso a armas nucleares para fomentar alarmismo e medo entre os cidadão dos países europeus livres e democráticos, com a colaboração mediática de comentadores que apoiam essa estratégia terrorista, que antes de mais é uma ameaça contra o povo russo.

Os que procuram justificar a guerra e a tentativa de anexação da Ucrânia como uma necessidade existencial para a segurança da Rússia em face da “ameaça” da NATO, estão a mentir e a enganar a população russa e europeia, pois se isso fosse verdade mesmo com a hipotética anexação da Ucrânia a “ameaça” manter-se-ia por parte dos restantes países europeus que pertencem à NATO, os quais seguindo o mesmo raciocínio seriam invadidos e anexados.

A invasão e tentativa de anexação da Ucrânia foi o 1º ensaio para uma expansão imperialista russa através da anexação dos restantes países europeus e que só pararia em Lisboa, segundo os principais mentores de VP.

Na guerra contra a Ucrânia está também em causa a Democracia e a Liberdade que os europeus têm usufruído quase sem custos ao abrigo da proteção dos EUA.

O tempo de Democracia e Liberdade sem custos terminou, e ou os europeus estão dispostos a assumir esses custos sejam eles quais forem para continuarem a ter Democracia e Liberdade, e para isso terão de continuar a apoiar/ajudar a Ucrânia com dinheiro, armas e se necessário tropas, ou permitirão que os ditadores e os aspirantes e admiradores de ditadores tornem a mergulhar o mundo na escuridão da tirania.

Vale a pena recordar um discurso feito há 84 anos por Winston Churchill, quando o exército do “tirano imperial” Adolf Hitler (AH) avançava pela Europa, que galvanizou os ingleses e democratas por todo o mundo, ao convocar a “língua inglesa” nomeadamente a democracia dos EUA para apoiar a luta contra o exército de AH, o mais poderoso dessa altura, não só para libertar a Europa, mas também evitar o colapso da Democracia e da Liberdade, que teve um custo enorme mas necessário em vidas por todo o mundo.

Leitor identificado