Montenegro evita comentar Gouveia e Melo e defende candidato do PSD a Belém
O primeiro-ministro escusou-se hoje a esclarecer se o almirante Gouveia Melo comunicou ao Governo se quer continuar Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA) e afirmou que o PSD apoiará preferencialmente um candidato do partido nas presidenciais.
Questionado pelos jornalistas à margem da entrega, no Porto, dos Prémio António Manuel da Mota, Luís Montenegro disse que sobre o CEMA o Governo iria decidirá dentro dos calendários previstos na Lei.
"Em primeiro lugar, sobre o Chefe de Estado Maior da Armada, o Governo decidirá dentro dos 'timings' que estão previstos na Lei sobre isso e, portanto, não vou adiantar nada, nem vou comentar as notícias que foram trazidas a público", disse.
Sobre as eleições presidenciais, Montenegro afirmou que, "como presidente do PSD", está "vinculado a uma moção de estratégia" que apresentou ao último congresso.
"Nós preconizamos uma candidatura no nosso espaço político, preferencialmente de um militante nosso, e é isto que vamos fazer", concluiu o primeiro-ministro, sem responder a mais perguntas dos jornalistas.
O jornal online Observador noticiou no sábado, citando fontes conhecedoras do processo, que o almirante Gouveia Melo comunicou "em definitivo" ao ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, a sua indisponibilidade para continuar no cargo de Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA).
Ao Observador, o almirante evitou comentar a informação e remeteu uma resposta oficial para o Governo: "Essa informação quem poderá confirmar ou não é o Governo. Já foi tratado há algum tempo com o Governo."
Em entrevista à RTP, em 05 de setembro, Gouveia de Melo foi questionado sobre uma eventual candidatura presidencial e respondeu: "Não quero dizer que não." "Um militar, depois de terminar o serviço ativo, é um cidadão normal", sublinhou.
Henrique Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, tomou posse como CEMA em 27 de dezembro de 2021, e está prestes a cumprir os três anos de mandato.
A Associação Democrática de Defesa dos Interesses e da Igualdade das Mulheres (ADDIM), instituição do Porto que avalia e acompanha casos de violência doméstica, venceu hoje o Prémio Manuel António da Mota, no valor de 50 mil euros.