OEA pede libertação de preso luso-venezuelano Williams Dávila
A Organização de Estados Americanos (OEA) pediu hoje ao Governo venezuelano que liberte o preso político luso-venezuelano Williams Dávila e que lhe seja prestada assistência médica com urgência.
"Exigimos que Williams Dávila seja libertado e que lhe seja prestada a assistência médica de que necessita com tanta urgência", escreveu o secretário-geral da OEA, Luís Almagro, na sua conta da rede social X, antigo Twitter.
Almagro explica que o "regime ditatorial de Maduro é responsável pelo seu bem-estar e pelo de todos os outros presos políticos na Venezuela".
O pedido da OEA acontece um dia depois de o congressista norte-americano Mario Díaz-Balart manifestar preocupação com o estado de saúde Williams Dávila, detido após as eleições presidenciais de julho na Venezuela.
Antigo governador de Mérida, Williams Dávila, 73 anos, foi detido em 08 de agosto na Plaza los Palos Grandes (leste de Caracas) por homens armados, após uma vigília pelos presos políticos, em que participaram centenas de pessoas.
Durante a vigília, alegados agentes das forças de segurança fotografaram alguns dos participantes e jornalistas que faziam a cobertura.
Em 09 de agosto, o Governo português exigiu às autoridades venezuelanas "a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios", com nacionalidade portuguesa.
Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou que "Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE".
No texto, Paulo Rangel sublinhou que Dávila tinha sido detido "de modo arbitrário e com saúde precária".
Em 14 de agosto, os familiares do opositor e antigo governador do estado de Mérida Williams Dávila Barrios denunciaram, que tinha sido hospitalizado em estado grave.
Quatro dias depois, em 18 de agosto, familiares de Williams Dávila, pediram ao Governo da Venezuela para não o transferir de um hospital local para uma cadeia, advertindo que estariam a condená-lo à morte.
E em 17 de outubro, o filho, William Dávila Valeri, anunciou através das redes sociais que o seu estado de saúde do país "continuava a ser delicado e um confinamento prolongado no Helicoide [cárcere dos serviços de informação venezuelanos] pode agravá-lo".