Fundista queniana suspensa por seis anos por recurso a doping
A fundista queniana Emmaculate Anyango Achol foi suspensa por seis anos, na sequência de vários testes positivos antidoping, que revelaram testosterona e EPO, anunciou hoje a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Achol, de 24 anos, teve quatro testes positivos ao longo do ano e viu a pena ser agravada, o que elevou a sanção, que por regra é de quatro anos.
A atleta tornou-se a segunda mulher a completar uma corrida de 10 km em estrada em menos de 29 minutos (28.57), terminando em segundo lugar, atrás da compatriota Agnes Jebet Ngetich, que estabeleceu um recorde mundial com um tempo de 28.46 em Valência, em janeiro.
Essa marca continuará no seu palmarés, já que o início da suspensão é 26 de setembro deste ano, com anulação dos resultados feitos desde 03 de fevereiro, data do crosse internacional de Eldoret, no Quénia, primeira das situações de doping detetado.
Em 2003, Achol triunfou nos 10.000 metros do meeting Fernanda Ribeiro, resultado que também se mantém.
Com a anulação de grande parte dos resultados deste ano, perde a medalha de ouro por equipas no Campeonato Mundial de Corta-Mato, tendo sido quarta na prova disputada em Belgrado.
O Quénia, com 70 casos de atletas sancionados por violarem as regras antidoping, nos últimos três anos, tem feito investimentos substanciais nos seus esforços antidopagem, o que poderá ser alterado.
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) manifestou este ano a sua preocupação junto do ministério dos Desportos do Quénia relativamente ao corte de cerca de 90% no orçamento operacional anual da Agência Antidopagem do Quénia (ADAK) em relação ao ano anterior, referindo o potencial impacto nos atletas quenianos.