Sancha Campanella desconfia de manipulação nos dados de cirurgias no SESARAM e pede auditoria
A deputada Sancha Campanella (PS) denunciou, esta manhã, a “ausência de transparência e o crescimento contínuo das listas” de espera para cirurgias no SESARAM, o que aponta para “uma possível dissimulação de dados por parte do Governo Regional”. Face a isto, defendeu que “uma auditoria independente e transparente seria essencial para verificar a veracidade dos tempos médios divulgados e expor possíveis discrepâncias”. Esta posição foi assumida no âmbito da discussão do projecto de resolução da autoria do PS intitulado "Cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira".
Na apresentação do diploma, a deputada eleita pelo PS disse que “os dados que nos são fornecidos dos tempos médios de resposta quando comparados com as longas e progressivas listas de espera, em constante aumento, levam-nos a concluir que é altamente improvável que os tempos médios apresentados sejam correctos, a menos que estejam a ser manipulados através da exclusão de casos mais antigos ou de longa espera, transferências para o sector privado não reportadas como atrasos e alterações metodológicas nos cálculos e retirada de especialidades”.
Sancha Campanella descreveu que o relatório de gestão de 2023 do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) apenas publicado após ter sido solicitado pelo PS, sendo que aquele documento aponta dificuldades da redução das listas de espera. “A informação contida neste relatório corrobora a necessidade de uma intervenção crítica sobre o incumprimento dos TMRG na Região Autónoma da Madeira. É tempo de dizer basta! A saúde dos madeirenses não pode ser refém de promessas vazias e de políticas irresponsáveis. Exigimos o cumprimento Imediato dos tempos máximos de resposta garantidos e a monitorização transparente, com publicação trimestral dos tempos médios de resposta. Atualmente temos uma falsa monitorização pois a pagina onde é suposto consultarmos os tempos máximos de respostas por especialidade, está frequentemente inacessível”, completou.