Conferência Portugal+ em Londres discute migração na saúde e voto electrónico
Evento, que se realizou no ano passado na Madeira, é organizado pelo jornal digital Bom Dia
Sara Madruga da Costa, actual adjunta do Gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e ex-deputada à Assembleia da República Portuguesa e ex-deputada à Assembleia Regional da Madeira, entre os conferencistas, onde se destaca o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
A migração de profissionais de saúde e o voto electrónico são alguns dos temas que vão ser discutidos na conferência Portugal+ em Londres, no sábado, organizada pelo jornal digital Bom Dia, direcionado à diáspora portuguesa.
No programa do evento, designado por Portugal Positivo, estão vários painéis de discussão sobre cultura, língua portuguesa, a participação política dos emigrantes e a migração dos profissionais de saúde.
"Queremos falar da nova emigração portuguesa qualificada, dos talentos que se vão perdendo, e Londres é um grande destino de médicos e enfermeiros portugueses", afirmou à Agência Lusa o fundador do projeto e diretor do jornal, Raúl Reis.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fará uma alocução de abertura por vídeo, tal como o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.
Os deputados José Dias Fernandes (Chega) e Paulo Pisco (PS) deverão estar presentes, bem como outros representantes diplomáticos e institucionais.
Esta é a sexta edição deste evento anual, que antes se realizou em França, Luxemburgo, Suíça, Bélgica, Alemanha e Madeira, e que pretende "colocar pessoas em contacto, servir como ponto de encontro e de informação" e também como uma "pequena câmara de comércio", disse o fundador do projeto.
Desde o início, em 2019, uma dúzia de projetos e negócios foram realizados graças ao Portugal Positivo, revelou, nomeadamente um estudo que vai ser publicado resultante de uma colaboração entre um consultor e um professor universitário se conheceram numa das conferências.
"Achamos que existe uma grande divisão entre Portugal e a sua diáspora. Tem melhorado, mas ainda existe. Ao trazer de Portugal políticos, empresários e artistas, achamos que vamos ajudar a mudar essa perceção", argumentou.
O jornal Bom Dia começou em 2001 no Luxemburgo, mas na última década alargou-se à Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido, países europeus com comunidades portuguesas de maior dimensão.
"O fio condutor é insistir nas notícias positivas sobre portugueses da diáspora e Portugal em geral, como quando um investigador ganha um prémio ou filme português ganha um festival", explicou Reis.
Estes casos de sucesso e histórias são classificados no jornal com uma etiqueta PortugalPositivo, que já agrega milhares de notícias e que, segundo o diretor do jornal, estão habitualmente entre as mais lidas.
O evento é apoiado por várias entidades, entre as quais o madeirense Pestana Hotel Group.