PCP defende um aumento Geral dos salários em 15% de no mínimo 150 euros
O Partido Comunista Português (PCP) esteve esta quarta-feira, 20 de Novembro, no Parque Empresarial da Cancela, no âmbito da sua campanha 'Aumentar salários e pensões para uma vida melhor', com o objectivo de contactar directamente com os trabalhadores da Região. Durante a iniciativa, o dirigente Ricardo Lume sublinhou a importância de um aumento significativo nos salários, defendendo uma valorização geral de pelo menos 15% e no mínimo de 150 euros.
Ricardo Lume considerou que esta medida é "justa, necessária, urgente e possível". O dirigente do PCP argumentou que o aumento salarial é "justo", uma vez que os trabalhadores, responsáveis pela criação da riqueza, merecem uma justa repartição dessa mesma riqueza. "Os salários representam menos de 20% dos encargos das empresas, embora sejam os trabalhadores quem cria essa riqueza, por isso devem ter direito a uma parte justa dessa repartição", afirmou.
O aumento salarial é também "necessário", disse Ricardo Lume, para travar o modelo económico que tem sido baseado em "baixos salários e precariedade laboral, o que tem alimentado uma política de exploração e empobrecimento". "É urgente", continuou, "porque é preciso dar condições aos trabalhadores e às famílias para que possam enfrentar o brutal aumento do custo de vida, com a escalada de preços dos produtos e bens essenciais, bem como os custos elevados com as rendas e os empréstimos para a habitação."
Por fim, o dirigente do PCP defendeu que o aumento salarial é "possível", pois há recursos financeiros disponíveis para tal, conforme reconhecido até pelo próprio sector patronal: "Embora, não dando ponto sem nó, exija contrapartidas que o Governo aliás não lhe nega, com benefícios fiscais, como se comprova com os 190 milhões de euros de 'borlas fiscais', asseguradas a um conjunto de empresas na Região Autónoma da Madeira".