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Assembleia Legislativa Madeira

Sindicato dos Jornalistas denuncia entraves colocados na cobertura dos incêndios de Agosto

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O presidente da Direcção Regional da Madeira do Sindicato dos Jornalistas, Filipe Gonçalves, está a ser ouvido na comissão de inquérito aos incêndios de Agosto e fez uma intervenção inicial em que mostrou vários condicionamentos ao trabalho dos profissionais da comunicação social que foram retirados e barrados em vários locais.

Filipe Gonçalves considera que durante os incêndios parecia que estavam em causa duas realidades "a das conferências de imprensa e a que se verificava no terreno". Os jornalistas, diz, "foram vistos como um entrave" e afastados de vários locais.

O dirigente sindical, que é jornalista da RTP-M e cobriu os incêndios, mostrou vídeos de várias situações em que as reportagens foram condicionadas pelo facto de os jornalistas estarem a ser retirados e "barrados" no acesso a locais onde não havia perigo.

Considera que houve situações de "excesso de zelo" mas que a maioria foi fruto de "ordens superiores".

Filipe Gonçalves também destacou uma situação em que considera que houve uma tentativa de "assassinato profissional" a jornalistas do DIÁRIO que anteciparam a notícia de dois aviões Canadair espanhóis. Uma informação que foi negada pelos responsáveis do Governo e da Protecção Civil, com "desmentidos" em órgãos de comunicação social nas horas seguintes, mas que acabaria por ser confirmada. Uma situação que, recorde-se, nunca mereceu um pedido de desculpas formal.