PAN-Madeira critica declarações sobre pobreza e propõe medidas estruturais
Válter Ramos, vice-porta-voz do partido, destacou que a pobreza é um problema estrutural que exige soluções concretas e compromisso político
O PAN-Madeira expressou publicamente desagrado, esta quarta-feira, pelas declarações da deputada do PSD-Madeira na Assembleia da República, Paula Margarido, lembrando que a parlamentar comparou a pobreza na classe média a um suposto "excesso de consumo".
O partido considera a retórica desrespeitosa e desconectada das dificuldades reais enfrentadas pelas famílias, destacando que o salário mínimo na Região Autónoma da Madeira é de apenas 870 euros, enquanto as rendas médias ultrapassam os 1.000 euros. Com a inflação a 2,6% e o custo de vida em constante aumento, as famílias têm pouco espaço para gerir os seus rendimentos.
O PAN-Madeira defende que a pobreza não pode ser explicada ou resolvida com narrativas que culpabilizam os mais vulneráveis. O partido propõe medidas estruturais e eficazes, como o acesso às tarifas sociais de energia, água e Internet para famílias com rendimentos iguais ou inferiores ao limiar da pobreza. Também sugere a adaptação dos critérios de avaliação para alargar a atribuição de apoios sociais.
Sugere ainda a criação de equipas multidisciplinares para acompanhar famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção, reduzindo a carga dos profissionais de acção social e promovendo um trabalho de terreno mais eficaz. Outra prioridade é a criação de Casas de Emergência Social para acolher indivíduos e famílias em situações de despejo e desalojamento.
Válter Ramos, vice-porta-voz do PAN-Madeira, destacou que a pobreza é um problema estrutural que exige soluções concretas e compromisso político. Criticou a culpabilização dos vulneráveis e reafirmou o compromisso do PAN-Madeira em lutar por políticas que respeitem e protejam quem mais precisa, promovendo uma sociedade mais justa e solidária.