Política 100 partidos!

A primeira página do DN- Madeira do dia 17/11 despertou-me para uma realidade! A subsequente rejeição dos partidos por parte dos jovens e da sociedade civil em geral, deve-se em boa parte à lastimosa e degradante atuação dos partidos políticos ao longo de 50 anos de democracia. Percebeu-se que essas organizações até agora só serviram para estar ao dispor dos grupos que controlam governos, governantes e governações. As populações em nada beneficiam dum estado onde os partidos nestas democracias ditas representativas, que em nada têm representado até aqui, a resolução das necessidades básicas dos cidadãos. Foi isso que a constituição socialista fez com o 25 de Abril, uma sociedade cada vez mais dependente do estado, cujo estado em vez de ser todos são apenas alguns, os defensores do sistema, aqueles que usaram a liberdade para sequestrar a democracia. O consequente surgimento de novos partidos só tem contribuído para a divisão dos cidadãos e a desintegração duma sociedade sem cultura democrática.

Como dizem os cidadãos comuns; mais um! Não tarda nada e seremos 10 milhões de partidos políticos, um por cada português. Quanto mais dividir, mais o sistema se perpetua, os oportunistas vingam e a corrupção arrasta-se e é cada vez mais pretendida e desejada. Precisamos de unidade, de gente sem vícios, sem pretensões pessoais, sem o culto do protagonismo, apenas e tão só com vontade de servir, do tipo militar voluntarioso que leva no coração o seu país e o seu povo como ÚNICO objetivo no seu propósito e de trabalhar em prol desse povo com seu verdadeiro ideal, construir uma sociedade mais unida, justa, com equidade e livre. Deixemos o protagonismo, as ideologias e o individualismo de lado e vamos partir para uma nova forma de fazer política e uma nova maneira de estar em democracia. Seriedade, honestidade, idoneidade e vontade de servir. Se queremos um mundo melhor, um país melhor, será necessário criar as condições para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Teremos nós os cidadãos de começar o processo alterando o nosso comportamento e a nossa atitude perante a sociedade. Será que no meio de tanta gente boa, não encontraremos alguém com vontade de devolver a liberdade aos cidadãos, a responsabilidade aos gestores e a esperança ao povo? Porque a liberdade exige responsabilidade e isso elevá-los como seres humanos, responsáveis e livres. Quando diria que: temos de construir um cidadão novo para depois esperar que a sociedade no seu todo possa MUDAR.

A. J. Ferreira