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CDS, Chega, IL e PAN: fiadores do Governo e avalistas do caos

A Madeira caiu numa grave crise política, prevista desde a tomada de posse de um Governo desacreditado. O CDS, o Chega, o IL e o PAN aceitaram assumir o estatuto de fiadores deste Governo, liderado por um presidente arguido, indiciado por crimes de corrupção, que foi sempre eficaz na propaganda das mentiras e das realidades paralelas, sempre demonstrou enorme capacidade para se desculpar das promessas que não cumpre, mas nunca foi capaz de resolver os principais problemas dos madeirenses, nem de promover um desenvolvimento sustentável.

A direita, que deu o aval a este Governo Regional, tenta fugir às suas responsabilidades, fazendo de conta que não desempenhou um papel decisivo na aprovação e sustentação deste Executivo. Não foi um apoio meramente simbólico, foi uma viabilização através da aprovação de uma Moção de Confiança, a troco da inclusão de muitas das suas propostas no Programa de Governo que serão concretizadas através dos orçamentos apresentados ao longo do mandato. Neste sentido, quem tem de aprovar o Orçamento é o PSD e os restantes partidos da direita – Chega, CDS, PAN e IL – que assinaram de cruz o estatuto de avalistas de um caos político anunciado.

Este clima de suspeição não é novo, foram os próprios dirigentes do PSD/M que denunciaram a existência na Madeira de “obras inventadas” e a prática de os secretários regionais serem escolhidos pelos interesses económicos.

O Governo de Albuquerque perdeu toda credibilidade para defender os nossos direitos perante um Governo da República que, corado de vergonha, negoceia os assuntos da Região por via eletrónica ou então vem à Madeira às escondidas.

As atitudes autocráticas de um regime que sempre colocou os interesses do partido e dos amigos do costume à frente dos interesses dos madeirenses é uma marca do PSD, todavia, esta situação atual enegrece ainda mais a sombra que cobre todas as decisões políticas, comprometendo a transparência e a legitimidade de qualquer ação governativa.

Os governantes do regime laranja sempre estiveram obcecados pelo brilho do pioneirismo. A prioridade nunca foi resolver os problemas concretos das populações, investir na sua qualidade de vida ou encontrar as melhores soluções para as nossas fragilidades estruturais, relacionadas com a falta de habitação, acesso à saúde, melhores salários e mais poder de compra, auxílio a uma classe média que empobrece ano após ano ou com políticas públicas de combate à pobreza.

O foco principal deste regime sufocante esteve sempre agarrado à propaganda de uma Madeira pioneira em tudo e mais alguma coisa. Nesta senda, honra lhes seja feita, lá conseguiram mais um brilho e foram novamente precursores: não existe região ou país no mundo que tenha mais de metade do seu governo, ainda em funções, constituído arguido. A Madeira tem o presidente do Governo, quatro secretários regionais e o secretário-geral do partido do poder indiciados por diversos crimes, alguns por corrupção e favorecimentos.

Basta! O povo tem nas mãos o poder do voto que pode mudar o rumo da nossa Região. Urge dar uma oportunidade ao PS para mostrar que é possível governar melhor. A Madeira precisa de um governo que seja capaz de liderar com competência, transparência e compromisso o presente e o futuro de todos e de cada um dos madeirenses.