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Desporto

Castigo a Nuno Santos é dos mais pesados da última década em Portugal

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Foto Lusa

O castigo de oito jogos aplicado ao futebolista do Sporting Nuno Santos, por ferir dois espetadores ao partir um vidro durante o jogo da Supertaça, é dos mais pesados aplicados no futebol profissional na última década.

Nuno Santos, que foi punido enquanto agente desportivo num jogo em que se encontrava na bancada, mais precisamente num camarote, partindo um vidro cujos estilhaços acabaram por ferir dois espetadores, teve uma suspensão rara no que toca à duração, embora até pudesse ser mais pesada, pois o enquadramento punitivo do artigo violado pelo ala prevê até 10 jogos de castigo.

A decisão do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) conclui que o vidro foi projetado e não que caiu, o que aconteceu por efeito de ação contundente de alguma das pessoas presentes no referido camarote, que, pela sua violência, teve necessariamente de ser realizada com o pé.

Ainda assim, poucos são os casos no futebol profissional que se aproximam da suspensão hoje divulgada, e na última década só a de Dyego Sousa, internacional português entretanto retirado, a ultrapassa.

Em 2016, o avançado que então jogava no Marítimo foi suspenso por nove meses por agressão a um árbitro assistente, num jogo particular com o Tondela, embora o Tribunal Arbitral do Desporto tenha depois aplicado suspensão da pena, podendo voltar a jogar pelos insulares.

Fora dos últimos 10 anos, mas na memória recente, está o célebre 'caso do túnel' e os 17 jogos que o brasileiro Hulk falhou no FC Porto, na época 2008/09, com o romeno Sapunaru a desfalcar os 'dragões' por oito jogos, os mesmos que agora 'afligem' Nuno Santos.

O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) viria, depois, a reduzir a sentença a três jogos, no caso do avançado brasileiro inicialmente punido com 23 partidas de castigo, e quatro, no caso do defesa romeno, inicialmente de seis meses.

Em 03 de agosto, Nuno Santos, que falhou o clássico da Supertaça frente ao FC Porto, em Aveiro, foi sancionado por ter ferido dois espetadores, um com gravidade, ao partir um vidro de proteção do camarote, que viria a atingir e a ferir uma adepta, no encontro que os 'leões' perderam por 4-3, após prolongamento.

Nuno Santos, de 29 anos, sofreu uma rotura do tendão rotuliano do joelho direito no jogo com o Famalicão, em 26 de outubro, para a nona jornada da I Liga de futebol, e deve perder o resto da época.

Segundo a decisão, datada de sexta-feira e hoje divulgada pela secção não profissional do Conselho de Disciplina (CD) da FPF, Nuno Santos foi castigado ao abrigo do artigo 152.º do Regulamento Disciplinar (RD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que pune as agressões a espetadores, com oito jogos de castigo -- de um máximo de 10 e um mínimo de um -- e uma multa de 3.060 euros, acrescida de 510 euros pela inobservância de outros deveres (artigo 167.º do mesmo RD).