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Pondera comprar algo na Black Friday? Saiba como garantir boas compras

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Foto Shutterstock

A Black Friday tem vindo a ganhar mais adeptos e a 29 de Novembro já estão anunciadas várias campanhas de promoções. No entanto, nem sempre as promoções anunciadas correspondem a decréscimos no preço que vem a ser praticado. Apesar de existirem regras, há formas de contornar, pelo que se apela a que esteja atento.

Desde logo, a Deco Proteste dispõe de uma ferramenta que permite comparar os preços dos produtos e, assim, perceber se estamos perante uma boa oportunidade de compra. A ferramenta faz um registo dos preços praticados e, aí, pode perceber se é uma boa compra com base no histórico de preços dos últimos 21 dias.

“O veredicto surge acompanhado por informação sobre a evolução dos preços registada nos últimos sete dias, um mês e três meses”, indica a Deco Proteste.

Um dos conselhos passa por comparar os preços antes de realizar uma compra. Importa perceber se consegue encontrar um determinado artigo mais barato on-line ou em loja física. Neste caso, é importante recordar que, no caso das compras on-line, deve ter sempre em conta o valor dos portes de envio e perceber se compensam.

Desde 2022, com a mudança de regras, uma das estratégias utilizadas pelas lojas tem sido a aplicação do desconto comparando o preço praticado pela loja com o “preço de venda ao público recomendado” (PVPR) ou com o “preço de mercado”. Isto não é algo permitido por lei, pois essa indica que o desconto deve ser aplicado ao preço mais baixo praticado nos últimos 30 dias. No entanto, é ama realidade que continua a acontecer.

Como ‘fintar’ as compras ‘induzidas’?

Uma das características dos consumidores é a compra por instinto ou de forma emocional. Muitas campanhas de publicidade induzem a que se recorram aos nossos sentimentos, levando a comprar coisas que, muitas vezes, nem precisamos. Por isso, deve ter presentes algumas considerações:

Muitas vezes nem temos noção do valor de determinado produto, acabando por compará-lo com o preço de outros artigos que se encontram na mesma loja e que podem ser similares. Por isso, os vendedores costumam rodear os artigos de outros semelhantes, mais caros e mais baratos, por forma a induzir a compra. No fim, por norma, o ‘meio-termo’ é sempre a escolha.

Quanto à forma de pagamento, quando falamos em prestações, podemos ser levados a pensar que estamos a optar por algo mais barato, quando na realidade o preço é o mesmo. Mais depressa escolhemos prestações de 20 euros do que de 30 euros. Mas se no primeiro caso forem seis prestações, e no segundo forem quatro, o preço é exactamente o mesmo: 120 euros.

Além disso, quando for fazer compras, deve optar por dinheiro físico. É com ele em mão que mais ‘sente’ sair da carteira. Existe uma sensação de perca de dinheiro que não acontece com tanta facilidade com o cartão de crédito ou débito.

Por outro lado, pese a qualidade de cada produto. Não é por um vinho ser mais caro que é necessariamente melhor do que outro mais barato. Não é por um detergente ser mais espesso que será melhor do que outro. Tenho em consideração todos os factores antes de escolher com base no preço ou em ‘mitos’ sobre cada produto.

Por fim, se optar por fazer simulações online, deixando no seu ‘cesto de compras’ algum artigo, é habitual receber emails ou notificações sobre o estado desse ‘cesto’, indicando que os produtos ainda se encontram lá e que o preço pode mudar nas próximas horas. Podem até sugerir artigos semelhantes ou complementares. Se interrompeu a compra, o produto pode não ser assim tão importante para si e, por isso, podere se o quer mesmo comprar.