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Madeira

Altas 'problemáticas' levam ao cancelamento de cirurgias no Hospital

Neste momento são mais de 200 as pessoas internadas no hospital sem necessidade de cuidados de saúde diferenciados ou de qualquer tratamento dessa índole

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Foto SRS

Neste momento o Serviço de Saúde da Região (SESARAM) tem mais de duas centenas de altas clínicas a ocupar camas nas suas diferentes unidades, sem que necessitem efectivamente de cuidados de saúde diferenciados.

Isso mesmo foi confirmado esta manhã, aos jornalistas, por Pedro Ramos, que embora diga não gostar da designação corrente de ‘altas problemáticas’, continua com um problema em mãos que carece de solução.

À margem das comemorações do Dia Europeu do Antibiótico, o secretário regional de Saúde e Protecção Civil reconheceu, uma vez mais, os “constrangimentos” que daí resultam, não deixando de notar, ainda assim, que o objectivo de alcançar as 18 mil cirurgias este ano se mantém como prioridade.  

“Nós estamos a tentar controlar o mais rápido possível [as altas clínicas]”, disse o governante, quando confrontado com doentes que têm visto a sua cirurgia cancelada, já depois de se encontrarem no hospital para a intervenção, por falta de cama para posterior internamento e recuperação.

“As cirurgias com complexidade e as cirurgias oncológicas não são adiadas”, argumentando que, muitas vezes, “o adiantamento das cirurgias nesses casos complexos tem que ver com a certeza do estadiamento do doente e com os vários passos que têm de ser iniciados para o tratamento do doente”, sustentou Pedro Ramos.