Francisco Gomes acusa República de conivência com "viveiro de corrupção" na Madeira
Francisco Gomes questionou Pedro Reis, ministro da Economia, sobre se se identifica com o que definiu como “o viveiro de corrupção criado na Região pelo executivo de Miguel Albuquerque”. O deputado eleito à Assembleia da República pelo Chega-Madeira interpelava o governante no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2025.
O parlamentar quis apontar algumas questões que, na sua óptica, demonstram os profundos problemas que enfrentam a sociedade madeirense. Em causa "um elevado número da população em risco de pobreza, um índice preocupante de privação material e social, o alastramento da pobreza escondida, baixos salários e poder de compra muito reduzido". Segundo o deputado, esta realidade, que afecta a vida de milhares de madeirenses, contrasta grandemente com a abundância de certos grupos económicos com ligações ao poder político.
Nesta terra, existem políticos brilhantes, que se especializaram em empobrecer o povo, enquanto criam fortunas para si mesmos. Prova disso é que vivem na Madeira seis dos políticos mais ricos de Portugal, três dos quais estão arguidos em casos de corrupção. Não é do trabalho que lhes veio a fortuna! Francisco Gomes
Francisco Gomes aponta ainda que "o Tribunal de Contas denuncia que temos instituições com falta de fiabilidade e que não controlam os contratos públicos. O próprio governo, numa postura sanguessuga, acaba os anos cobrando ainda mais impostos do que tinha previsto. Como é claro, não temos um executivo que pense nas pessoas, mas sim um que joga nas sombras e que favorece interesses obscuros".
Na conclusão, o deputado do CH apontou à conduta de Miguel Albuquerque, presidente do governo regional, a quem atribuiu responsabilidades acrescidas por aqui que interpreta como a delapidação política que, segundo disse, converteu a Madeira num viveiro de amiguismo, compadrio e corrupção.
A Madeira é a terra onde o presidente faz viagens que custam 12 mil euros por dia ao cidadão que trabalha. É a terra onde esse mesmo presidente tem uma casa de campo de 1,5 milhões, que foi construída por uma empresa que, em quatro anos, celebrou 21 contratos com o governo, dos quais ganhou mais de 100 milhões. Você e o seu governo identificam-se com isto? Francisco Gomes